Resenha: Vidas Muito Boas

25.12.17
Sinopse: "“Como podemos aproveitar o fracasso?” “Como podemos usar nossa imaginação para melhorar a nós e os outros?”. J.K. Rowling responde essas e outras perguntas provocadoras em Vidas muito boas, versão em livro do famoso discurso de paraninfa da autora da série Harry Potter na Universidade de Harvard, que chega às livrarias brasileiras no dia 7 de outubro. Baseado em histórias de seus próprios anos como estudante universitária, a autora mundialmente famosa aborda algumas das mais importantes questões da vida com perspicácia, seriedade e força emocional. Um texto cheio de valor para os fãs da escritora e surpreendente para todos que buscam palavras inspiradoras."

"Vidas muito boas" é a versão em livro de um discurso que a J.K. Rowling fez na formatura de um a turma de Harvard. A escritora falou principalmente sobre fracasso e a importância da imaginação. Mas o que essas duas coisas tão diversas tem em comum? Bom, para J.K. é preciso falar sobre o fracasso para que as pessoas encarem aquilo como uma aprendizado e uma ferramenta de autoconhecimento e a imaginação é importante como instrumento de empatia, para que você consiga se colocar no lugar do outro. Esse dois unidos fazem com que a pessoa cresça na vida e se torne alguém melhor profissionalmente.

O discurso da J.K. é curto e muito motivacional, ela faz várias referências ao universo de Harry Potter e de sua própria vida. Impossível não pensar que suas palavras são um reflexo real do que se passou em sua vida e de que ela é um exemplo de superação e do poder da imaginação.

A edição da Rocco está muito linda em capa dura, com várias ilustrações em meio a fala da autora, isso colabora ainda mais para que a leitura seja inspiradora e deliciosa. Um livro que vale a pena ler e dar de presente para amigos e familiares, afinal, quem nunca se sentiu fracassado?

Até o próximo post! 

Lendo Fullmetal Alchemist #4

24.12.17
Até o próximo post!

Resenha: Príncipe Serpente

18.12.17
Sinopse: "O terceiro livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo
Quando o diabo encontra um anjo...
Lucy Craddock-Hayes está satisfeita com a vida tranquila no interior. Até o dia em que tropeça num homem inconsciente — um homem inconsciente e nu — e perde para sempre sua inocência.
Ele pode levar ao paraíso... O visconde Simon Iddesleigh apanhou de seus inimigos até quase morrer. Agora ele está determinado a se vingar. Mas quando Lucy cuida dele para restaurar sua saúde, a sinceridade da jovem surpreende sua sensibilidade calejada — e desperta um desejo que ameaça consumir os dois. Ou ao inferno. Encantada com a inteligência perspicaz de Simon, com seus modos urbanos e até com seus sapatos de solado vermelho, Lucy rapidamente se apaixona por ele. Embora sua honra o mantenha longe dela, a vingança envia os agressores de Simon à sua porta. Enquanto o visconde entra em guerra contra seus inimigos, Lucy luta pela própria alma, usando a única arma que tem — seu amor..."

Chegamos ao terceiro e último livro da trilogia dos Príncipes, da autora Elizabeth Hoyt, o Príncipe Serpente que conta a história do visconde Iddesleigh e Lucy Caraddock-Haves, que se conhecem após o visconde levar uma surra e ser abandonado na cidade da jovem. Após ser salvo por ela Iddesleigh se encanta pela jovem e  admira como seu anjo da guarda, mas ele se sente tentado por essa criatura divina.

Esse livro é o mais diferente dos outros três, mas tem uma característica de "O Príncipe Corvo" que voltou a me irritar, a tal mania de se excitar apenas olhando para o sorriso de uma moça, que preguiça isso me dá, parece coisa de adolescente. Mas tirando isso o livro é bem interessante, porque Simon tem um "respeito" maior por Lucy do que seus amigos do livro anterior.

"Príncipe Serpente" também é bem interessante na questão do mistério e a reviravolta na história envolvendo a morte do irmão do visconde. E pela primeira vez em um romance histórico eu consegui entender a motivação do personagem masculino em não querer se envolver amorosamente.

O que posso dizer é que ao ler esse último livro é que gostei bastante da escrita da Elizabeth Hoyt que não se foca apenas nas cenas eróticas, mas que consegue criar um enredo interessante em volta do romance. Uma delícia de trilogia para os fãs dos livros de época e do bom e velho romance.

Até o próximo post!

Resenha: Precisamos Falar Sobre o Kevin

4.12.17
Sinopse: "Lionel Shriver realiza uma espécie de genealogia do assassínio ao criar na ficção uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas. Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.
Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.

Desde que assisti ao filme "Precisamos Falar Sobre o Kevin" tive muita vontade de ler o livro de mesmo nome, uma vez que a psicopatia sempre me interessou. Já li anteriormente dois livros em que temos crianças psicopatas sendo retratadas, "Menina Má" e "Fábrica de Vespas", mesmo esses dois tendo basicamente o mesmo plot do livro de Lionel Shriver, a história do Kevin é bem diferente e me pegou desde o primeiro contato.

O livro é narrado pela mãe do Kevin, Eva, através de cartas que ela envia ao marido que se separou dela após o filho do casal cometer um massacre na escola. Ela conta desde os primeiros momentos em que eles decidiram ter um filho até o fatídico dia. 

Eva não queria ser mãe, logo, não tinha nenhum instinto maternal com o bebê Kevin, que era rejeitado desde o ventre, mas o garoto também não era muito fácil de se conviver desde que nasce. A relação de Eva com o marido se deteriora, uma vez que para ele o filho foi a melhor coisa que aconteceu na vida deles. Então ao longo do livro eu fui percebendo que o motivos que levaram Kevin a cometer este ato é culpa de todos os envolvidos, da mãe relapsa, do pai super protetor e do próprio jovem dissimulado e cruel.

O que achei interessante na história é que nem todo momento o relacionamento de mãe e filho é tão tenebroso, há pequenos episódios em que os dois tem uma boa interação e você consegue ver que o garoto tem uma certa obsessão em chamar a atenção da mãe.

Kevin é um personagem muito interessante, ele é cheio de camadas e nuances e mesmo sendo muito assustador, ele me atraía, para querer saber o por quê dele ser daquela maneira, coisa que a própria Eva se questiona durante seu relato.

A escrita da Lionel Shriver neste livro é muito dura, ela não poupa palavras, então isso faz com que a leitura seja densa e pesada. Durante todo livro eu me sentia incomodada com tudo que acontecia e não conseguia vê nada de bom naquelas personagens, mas ao mesmo tempo conseguia entender o porque deles se comportarem assim.

Um livro espetacular, mas não é uma leitura que você termina bem, ela te faz refletir sobre vários assuntos e não vou negar que pode assustar aqueles que querem ter filhos algum dia. Uma das melhores leituras que fiz nos últimos tempos, com toda certeza. 

Até o próximo post!

TBR de Dezembro

3.12.17
Até o próximo post!

Playlist Novembro

30.11.17

Quanto tempo eu não posto a playlist do mês aqui, mas novembro não vou falhar, então vamos falar sobre a trilha sonora do penúltimo mês do ano. Começamos com a maravilhosa e espetacular "Mais Bonito Não Há", parceria entre Tiago Iorc e Milton Nascimento. Fiquei extasiada com essa música e é impossível não querer escutar ela o tempo todo.

Depois dessa preciosidade nacional, eu dei uma volta no tempo e voltei a escutar Silverchair, especificamente o CD Diorama, que é um dos meus preferidos. A minha descoberta recente foi "My Favorite Thing" e "After All These Years". Duas músicas muito lindas na voz perfeita do Daniel Johns, que deveria voltar a cantar esse estilo, que faz muito mais sentido.

Como sempre a pessoa aqui tem um lance muito forte com trilhas sonoras e como recentemente estava assistindo "The Handmaid's Tale", que é uma excelente série em todos os aspectos, me apeguei a sua trilha, mas a melhor música foi "Heart of Glass", um remix da música do Blodie. Que espetáculo de música.

Por fim fechei o mês com a rainha da porra toda, Anitta (que eu tenho muito orgulho de ser brasileira) que está arrasando na sua carreira internacional. Duas músicas dessa nova fase não consigo parar de escutar, "Is That for Me" e "Dontown". 

O mês foi mais paradinho, mas as músicas são incríveis, então pode se jogar na playlist lá no Spotify, que é liberada.

Até o próximo post!

Dorama: Good Morning Call

28.11.17
Sinopse: "Ela conseguiu seu próprio apartamento, mas terá que dividi-lo com o garoto mais popular da escola e ninguém pode saber que eles moram juntos."

Good Morning Call é um dorama disponível na Netflix, que vai contar a história da Nao Yoshikawa que consegue alugar um ótimo apartamento para conseguir morar na cidade e estudar, uma vez que seus pais moram no interior, mas ela acaba sendo vítima de um golpe e tem que dividir o apartamento com Hisashi Uehara, o cara mais popular do colégio. De primeira os dois não se dão bem por serem totalmente diferente um do outro, mas com o tempo eles vão se aproximando.


A Nao é uma garota sonhadora, meio sem noção, mas cheia de amigos e muito fofinha (como quase 90% da população feminina dos doramas). E Uehara é trabalhador e inteligente, mas muito frio. O romance demora acontecer, exatamente por causa da personalidade deles e pelos vários pretendentes da Nao (que na minha opinião dão de mil no Uehara tanto em aspectos físicos quanto emocionais). 

O drama foca principalmente no relacionamento de Nao e Uehara, mas os outros personagens também tem histórias paralelas, que em alguns momentos esbarram na história principal. Como Uehara era um poço de grosseria era impossível não se encantar pelos demais personagens e ter vontade de socar a mocinha, pra vê se ela acordava. 
 
A história é cheia de reviravoltas e sempre que a gente acha que as coisas vai melhorar acontece alguma coisa pra ferrar, geralmente com a pobre da Nao. Mas claro, que como todo bom dorama Good Morning Call é bem engraçado e me arrancou várias gargalhadas (principalmente quando a cunhada do Uehara ficava bêbada). 


Good Morning Call é uma ótima opção para quem quer começar com os doramas, por ter uma história bem clássica, garota bobinha que derrete o coração de gelo do galãzinho. Com romance, humor e drama na medida certa (ou na medida oriental). E amanhã saí na Netflix a segunda temporadas, que vai acompanhar Nao e Uehara na faculdade. Então você pode pegar essas duas maratonar. 
 
Até o próximo post!

Book Haul Black Friday

26.11.17

Até o próximo post!

Wishlist Black Friday

24.11.17
Até o próximo post!

Resenha: Mundo de Dragões

23.11.17
Sinopse: "Liderados por um ranger americano e protegidos pela tecnologia criada por anões-alquimistas, um grupo de cinco pessoas sobrevive ao Cemitério, uma terra devastada por reptilianos, demônios e escravidão, e retorna para casa apenas para descobrir que eles levaram todo esse horror para a própria dimensão. Assim os dragões chegaram à Terra. Cidades foram queimadas, o pânico foi instaurado e líderes governamentais ficaram em choque diante de justiceiros que não respeitavam bandeiras nem fronteiras. Agora, um portal se abriu e a conexão entre as dimensões se fez. Em florestas de metal ou em bairros de concreto, gigantes de pedra e exércitos de monstruosidades espalham a devastação. Sem uma liderança clara, os cinco sobreviventes enfim se preparam para uma última batalha no coração do Japão. De um lado haverá um demônio-bruxa, crias infernais e Colossus de pedra. Do outro, armaduras de metal-vivo, sangue de dragão e robôs gigantes. Batalhas épicas e dramas intensos compõem Mundos de Dragões, terceiro e último livro da série Legado Ranger, um universo inspirado em uma versão adulta, violenta e politizada das antigas séries japonesas Tokusatsus, que marcaram a infância de toda uma geração."

Chegamos ao último livro da trilogia Ranger, que é uma história cheia de referências a outras história fantásticas. Na verdade, gosto de descrever da seguinte maneira, uma junção de Caverna do Dragão e Power Rangers, que com certeza vai agradar aos fãs desses dois universos.

Em "Mundo de Dragões" vamos entender o que aconteceu no cemitério antes da fatídica cena final do livro anterior e ao mesmo tempo os efeito de Ravenna na terra. Não tem preparação nem nada, já começamos cheio de revelações, reviravoltas e ação. O livro tem um ritmo bem acelerado, principalmente, por sua gama de batalhas. E por falar em batalhas, Raphael Draccon faz isso com maestria, parecia que eu estava assistindo um filme, não é atoa que ele está em Los Angeles trabalhando como autor.

Gostei muito desse terceiro livro, que apesar de ser mais cheio de ação não deixou que mostrasse as questões internas de cada personagem, que vieram desde "Cemitério de Dragões" com problemas e aos poucos forma enfrentando isso e assumindo seu verdadeiro papel naquele esquadrão. E como um todo o Raphael focou muito em união e a importância de se trabalhar em grupo.

E a história dos rangers que ressurgiram do Cemitério chegou ao fim de uma maneira muito bom, fechando muito bem a trilogia, sem deixar pontas soltas, mas plantando no final uma pequena semente, que você precisa ler pra saber. Gostei muito do que aconteceu com cada um, depois de tudo que eles viveram e cresceram nos outros dois livros. Legado Ranger é um daqueles livros para os fãs de aventura com muita referência do mundo nerd, que vai te fazer surtar, sorrir e torcer pelos personagens principais.

Até o próximo post!


Resenha: Príncipe Leopardo

14.11.17
Sinopse: "O segundo livro da aguardada série de romances de época com uma forte pitada de erotismo! 

A única coisa que uma dama jamais deve fazer... 

Lady Georgina Maitland não quer um marido, embora ela pudesse ter um bom administrador para cuidar de suas propriedades. Ao pôr os olhos em Harry Pye, Georgina percebeu que não estava lidando apenas com um criado, mas com um homem. 
É se apaixonar...
Harry conheceu muitos aristocratas — incluindo um nobre que é seu inimigo mortal. Mas nunca conheceu uma dama tão independente, desinibida e ansiosa para estar em seus braços. 
Por um criado. 
Ainda assim, é impossível ter um relacionamento discreto quando ovelhas envenenadas, aldeões assassinados e um magistrado furioso tumultuam o condado. Os habitantes culpam Harry por tudo. Enquanto tenta sobreviver em meio à desconfiança e manter o pescoço de Harry longe da forca Georgina não quer perder outra noite de amor"


"Príncipe Leopardo" é o segundo livro da trilogia dos príncipes da Elizabeth Hoyt, que conta as histórias de amor de três amigos e seus interesses românticos. Contos de fada são entrelaçados nesses romances com um toque de erotismo.

Neste segundo livro vamos acompanhar a história de Harry Pye um administrador de terras que acaba se sentindo atraído pela patroa Georgina Maitland, uma jovem rica e irmã de um conde. Os dois começam a se envolver a princípio para descobrir um mistério que ronda as terras em que vivem, mas aos poucos o interesse um pelo outro vai crescendo e os dois acabam se entregando a paixão.

Como já disse na resenha de "Príncipe Corvo" a escrita da Elizabeth Hoyt é muito viciante e me vi mais uma vez devorando esse romance. E o que ainda melhor foi que alguns detalhes que me incomodaram no outro livro, nesse não estiveram presentes, e a autora ainda criou um mistério em meio a toda aquela tensão sexual. 

Adorei as personagens desse segundo livro, porque Georgiana é uma mulher a frente de seu tempo que tem uma família adorável, me diverti horrores com seus irmãos e a maneira como eles tratam a irmã mais velha. Harry Pye me irritou um pouco com seu complexo de inferioridade. Ainda falando em personagens tivemos um vislumbre do conde de Swartingham, de o "Príncipe Corvo" e de Simon Iddesleigh, que acredito ser o protagonista do terceiro livro da trilogia. 

Este segundo livro é mais um exemplo de romance histórico divertido, que você vai devorar em poucos dias ou até mesmo horas. Já estou ansiosa pelo terceiro livro, afinal, quero saber qual é a do visconde Simon Iddesleigh. 

Até o próximo post!

Resenha: Tartarugas até lá embaixo

6.11.17
Sinopse: "Depois de seis anos, milhões de livros vendidos, dois filmes de sucesso e uma legião de fãs apaixonados ao redor do mundo, John Green, autor do inesquecível A culpa é das estrelas, lança o mais pessoal de todos os seus romances: Tartarugas até lá embaixo.
A história acompanha a jornada de Aza Holmes, uma menina de 16 anos que sai em busca de um bilionário misteriosamente desaparecido – quem encontrá-lo receberá uma polpuda recompensa em dinheiro – enquanto lida com o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
Repleto de referências da vida do autor – entre elas, a tão marcada paixão pela cultura pop e o TOC, transtorno mental que o afeta desde a infância –, Tartarugas até lá embaixo tem tudo o que fez de John Green um dos mais queridos autores contemporâneos. Um livro incrível, recheado de frases sublinháveis, que fala de amizades duradouras e reencontros inesperados, fan-fics de Star Wars e – por que não? – peculiares répteis neozelandeses."

Depois de longos seis anos John Green finalmente lançou um novo livro e eu como uma fã (que leria té sua lista de compras) corri para comprar "Tartarugas até lá embaixo", porém peguei livro com um certo receio, porque ouvi muita gente dizendo que o livro era o mais diferentão dele e que quem não gostou dos anteriores ia gosta bem mais desse. Fiquei apreensiva, mas foi um medo bobo, porque reencontrar com a escrita do John foi incrível. 

O livro vai contar a história de Aza, uma garota que tem TOC, transtorno obsessivo-compulsivo. Ela tem uma melhor amiga aficionada por Star Wars e juntas estão buscando o paradeiro de um bilionário fugitivo da polícia. Em meio a essa investigação Aza reencontra Davis, uma garoto que ela conheceu na infância e que é filho do tal bilionário. 

Não achei esse livro do John Green tão diferente dos outros, acho que o autor tem a capacidade de nos inserir dentro da mente dos seus personagens, fazendo com que nos tornemos eles. E aqui não é diferente, eu me sentia a Aza, sentia sua angústia, sua dor e dificuldade de se viver com o TOC. Passei a compreender que o TOC é mais do que algumas manias, é uma doença séria e que precisa ser levada a sério.

O livro não é um young adult muito levinho (John Green não consegue), os personagens tem questionamentos profundos. Acho incrível o John sempre ter essa preocupação de transformar seus livros com diálogos consistentes e interessantes. Os livros deles são YA de qualidade que deviam ser leitura obrigatória para os jovens.

A história de "Tartarugas até lá embaixo" tem um romance, mas não é somente sobre isso ou um dramalhão sobre amores adolescentes. gostei que o autor resolveu focar em outros pontos da história e falar mais sobre autoconhecimento do que descobrindo o outro.

John Green não me decepcionou, me fazendo rir, me emocionar e me encantar como fez alguns anos atrás com "A Culpa é das Estrelas". Tá aí um autor contemporâneo que escreve para jovens e que tem algo a dizer. Apenas não espera mais longos 6 anos para lançar outro livro.

Até o próximo post!

TBR de Novembro

5.11.17

Até o próximo post!

Resenha: Corte de Asas e Ruína

4.11.17
Sinopse: "O terceiro volume da série best-seller Corte de Espinhos e Rosas, da mesma autora da saga Trono de Vidro em “Corte de Asas e Ruína" a guerra se aproxima, um conflito que promete devastar Prythian. Em meio à Corte Primaveril, num perigoso jogo de intrigas e mentiras, a Grã-Senhora da Corte Noturna esconde seu laço de parceria e sua verdadeira lealdade. Tamlin está fazendo acordos com o invasor, Jurian recuperou suas forças e as rainhas humanas prometem se alinhar aos desejos de Hybern em troca de imortalidade. Enquanto isso Feyre e seus amigos precisam aprender em quais Grãos-Senhores confiar, e procurar aliados nos mais improváveis lugares. Porém, a Quebradora da Maldição ainda tem uma ou duas cartas na manga antes que sua ilha queime."

Chegamos ao capítulo final da história de Feyre e Rhysand, mas não de Prythian. "Corte de Asas e Ruína" é o terceiro livro da série Corte de Espinhos e Rosas, que terá outros livros, mas que irão focar em outros personagens da histórias. O livro começa após a Feyre ter sido levada por Tamlin de volta a Corte Primaveril, que só conseguiu isso por se aliar a Hybern e iniciar uma guerra.

Feyre está cheia de ódio pelo que Tamlin fez a ela e sua família e precisa fingir que está tudo bem para poder se vingar. Enquanto isso a Corte Noturna tenta unir forças para poder combater Hybern. Ou seja, esse livro tem um começo de  preparação, como todos livros em que temos um confronto final. Então as primeiras cento e poucas páginas, além de intrigas e articulações, mas sem se tornar um livro arrastado, pelo contrário, a gente quer saber o que vai acontecer e devora as páginas. E quando finalmente a batalha chega é incrível, Sarah J. Maas sabe mesmo escrever cenas de ação, me senti em meio a lama e o sangue enquanto lia o confronto entre Hybern e as cortes.

A autora faz um quebra cabeças de história, com os diversos personagens desse mundo que ela criou, deixando várias pontas soltas para os próximos livro. porém a história de Feyre e Rhysand, tem um ponto final. Depois de uma longa jornada que começou lá atrás sob a montanha e foi se desenvolvendo até se tornar amor. A autora  deu um show de relacionamento maduro e saudável, sambando na cara do amor doentio de Tamlin em Corte de Espinhos e Rosas.

Pra mim o ponto forte do livro é o Rhysand, que personagem incrível, a maneira como ele sabe empenhar cada papel para conseguir o que precisa, para ajudar as pessoas ou defender quem ama. A maneira como ele coloca Feyre como sua parceira e não apenas como "sua mulher" é muito bonita. E quando ele mostra que mesmo sendo um dos grão feéricos mais forte ele ainda é sensível. Parabéns Sarah J. Maas por não perpetuar personagens masculinos abusivos.

Esse livro está incrível, com doses certas de romance, humor, ação, mas faltou um pouquinho de desapego da Sarah na hora da guerra, porque ela deu uma de roteirista de Game of Thrones e só matou personagens aleatórios. Afinal, guerra é guerra, não tem como tudo sair lindo e maravilhoso. Mas no mais amei, virou um queridinho e já quero os próximos livros.


Até o próximo post!

Resenha: O Nome do Vento

25.10.17
Sinopse: "Ninguém sabe ao certo quem é o herói ou o vilão desse fascinante universo criado por Patrick Rothfuss. Na realidade, essas duas figuras se concentram em Kote, um homem enigmático que se esconde sob a identidade de proprietário da hospedaria Marco do Percurso.
Da infância numa trupe de artistas itinerantes, passando pelos anos vividos numa cidade hostil e pelo esforço para ingressar na escola de magia, O nome do vento acompanha a trajetória de Kote e as duas forças que movem sua vida: o desejo de aprender o mistério por trás da arte de nomear as coisas e a necessidade de reunir informações sobre o Chandriano - os lendários demônios que assassinaram sua família no passado.
Quando esses seres do mal reaparecem na cidade, um cronista suspeita de que o misterioso Kote seja o personagem principal de diversas histórias que rondam a região e decide aproximar-se dele para descobrir a verdade. 
Pouco a pouco, a história de Kote vai sendo revelada, assim como sua multifacetada personalidade - notório mago, esmerado ladrão, amante viril, herói salvador, músico magistral, assassino infame. 
Nesta provocante narrativa, o leitor é transportado para um mundo fantástico, repleto de mitos e seres fabulosos, heróis e vilões, ladrões e trovadores, amor e ódio, paixão e vingança."

"O nome do vento" é o primeiro livro da trilogia A Crônica do Matador do Rei, do Patrick Rothfuss, que é um livro que está sempre presente nas estantes dos leitores fãs de fantasia. E eu adoro o gênero, porém anos e anos se passaram antes que eu resolvesse encarar a história do Matador do Rei, tudo isso por receio de seu tamanho. Porém finalmente dei uma chance ao calhamaço e gostei muita da história.

O livro narrar o encontro e um estalageiro chamado Kote e um cronista, que afirma que o primeiro é na verdadeiro o famoso Kvothe, matador do rei. Então Kote resolve contar sua história e desmistificar todas as lendas envolvendo Kvothe.

Esse livro não é um livro qualquer de fantasia, que geralmente nos explica todo o universo fantástico, pelo contrário, entramos de cabeça naquele mundo, sem muitas explicações e aos poucos o autor vai nos dando detalhes sobre o cenário e as personagens. Mas sem deixar de ser detalhista como vários outros autores do gênero.

Falando em personagens é preciso dizer que Kvothe é uma pessoa encantadora, gostei dele de cara, por sua inteligência, esperteza e sagacidade. E a vida dele é tão cheia de altos e baixos, que ele mesmo sendo fantástico, não é um herói em um pedestal. Me apaixonei por ele.

O livro é mais arrastado, mas não é nada monótono, temos vários acontecimentos e reviravoltas na história. E é impossível não se deliciar com a Universidade, principalmente se você é um fã de Harry Potter, o local é uma espécie de Hogwarts, mas para jovens e adultos. 

"O nome do vento" conseguiu me conquistar e já me fez desejar suas continuações, quero muito saber o que aconteceu a Kvothe para que ele chegasse a se tornar um mero estalageiro. Apenas um personagem me fez ficar um pouco em dúvida sobre o livro, Denna (OH MULHERZINHA SEBOSA!!!). Mas no mais preciso dizer que o livro é tudo aquilo que diziam e é um prato cheio para os fãs de fantasia.

Até o próximo post!

Resenha: Legião

13.10.17
Sinopse: "Legião é a verdadeira continuação de O Exorcista. Personagens e acontecimentos importantes do primeiro livro encarnam novamente nas páginas deste romance que Blatty publicou em 1983 e que finalmente sai no Brasil com seu título original. Alguns segredos da história de 1971 são revelados aqui, então é aconselhável ler O Exorcista antes de encarar Legião.
A história começa dez anos depois do exorcismo de Regan MacNeil, a jovem menina endiabrada que Linda Blair incorporou no cinema. Só que agora o sobrenatural ganha também uma pegada de romance policial. O detetive (e cinéfilo nas horas vagas) William F. Kinderman volta à cena, investigando uma série de assassinatos brutais — entre eles, a crucificação de um garoto de apenas doze anos. O modus operandi dos crimes parece indicar a assinatura mórbida do assassino em série Geminiano. Mas como solucionar um caso em que o principal suspeito está morto há mais de uma década?
Pegue água benta, um crucifixo, faça o sinal da cruz e vá ler. Legião espera por você."


Mesmo tendo "O Exorcista" como um dos melhores livros que já li na vida, não sabia que a história tinha uma continuação de 1983, e só fui descobri isso quando recentemente a DarkSide Books resolveu publicar esse livro no Brasil, em uma edição incrível. Porém essa continuação é bem diferente do primeiro livro.

"Legião" é um romance policial com toques de sobrenatural, e nesse livro o autor continua a fazer questionamentos interessantes fugindo um pouco do plot central de "livro de terror". Willian Peter Blatty utiliza seus personagens para discutirem sobre o bem e o mal e a dor. Esse pra mim é um dos pontos fortes da história, que nos faz pensar de onde vem o mal ou porque Deus nos deixa sofrer.

O livro, apesar de não se tratar de mais um caso de exorcismo, traz de volta personagens conhecidos do anterior. Temos o detetive Kindermann e Padre Dyer de volta, desta vez tentando entender quem é o assassina com modus operandi de um serial killer morto há 12 anos.

A história começa como um quebra-cabeças de historias, em que vários personagens passam por coisas diferentes, mas ao longo do enredo, o autor reúne essas peças e consegue fazer uma reviravolta que me fez gritar. Meu Deus, o que foi aquele plot twist, ainda não me recuperei.

O livro "Legião" é um bom livro, pesar de deixar algumas pontas soltas, talvez para uma possível continuação (que não vai acontecer depois da morte do autor) e de um final previsível, principalmente para quem já viu algum filme de terror em que ouvimos o termo legião. Mas é um romance policial interessante, que te prende, porém não chega aos pés de seu antecessor, "O Exorcista".

Até o próximo post!

TBR de Outubro

8.10.17

Até o próximo post!

Resenha: Drácula

4.10.17
Sinopse: "Obra-prima de Bram Stoker, Drácula narra o assustador confronto entre o vampiro mais famoso da literatura, apoiado por sua legião crescente de mortos-vivos, e um grupo decidido a aniquilá-lo, liderado por Jonathan e Mina Harker e o médico holandês Van Helsing. 

Publicado originalmente em 1897, este livro é considerado marco fundador de um gênero, a literatura de terror. Esta edição traz o texto original sem cortes e uma breve apresentação, no padrão de qualidade dos Clássicos Zahar. A versão impressa apresenta ainda capa dura e acabamento de luxo. "

Drácula de Bam Stoker vai contar a história do conde vampiro que resolve abandonar a Transilvânia e viver em Londres. Com a sua chegada vários acontecimentos estranhos ocorrem e áurea de medo e terror cerca as pessoas. Um grupo então decide se livrar desse ser obscuro que se alimenta de sangue. Basicamente é essa história, sem dar muios spoilers.

O livro é narrado através de cartaz, diários e notícias de jornais, então temos vários pontos de vista da história. Porém, nunca temos vampiro narrando esse acontecimentos. Ele é apenas um personagem presente em todos os relatos do livro. Dando um tom de mistério sobre a figura do conde, que é cheio de mistérios e emana terror.

A história do conde Drácula é considerada um livro de terror, porém não é daqueles livros que te faz sentir medo e querer dormir de luz acesa. Bram Stoker cria um tensão no leitor, que fica ávido por saber quem é aquela criatura que atormenta os personagens daquela história. Claro, que temos alguns momentos bem assustadores, principalmente, os que se passam no Castelo dele.

Pouco sabemos das características pessoais de cada personagem, mas uma em especial é sempre citada, Mina Haker. Mina é uma personagem bem interessante, pois tem pensamentos bem à frente de seu tempo e é admirada por todos por sua inteligência e bondade. Achei ela uma personagem feminina muito boa, e é de se espantar que ela tenha sido criada em 1897.

Por falar em 1987, fiquei muito impressionada como a escrita de Bram Stoker é atual, sem rebusco e de fácil entendimento, qualquer pessoa consegue realizar a leitura sem dificuldades. Um livro incrível, com uma história aterrorizante e que te prende até o último minuto. Daqueles que você precisa ler em algum momento da vida, principalmente, se você gosta do gênero de terror.

Até o próximo post!

Resenha: O Conto da Aia

25.9.17
Resenha: "Escrito em 1985, o romance distópico O conto da aia, da canadense Margaret Atwood, tornou-se um dos livros mais comentados em todo o mundo nos últimos meses, voltando a ocupar posição de destaque nas listas do mais vendidos em diversos países. Além de ter inspirado a série homônima (The Handmaid’s Tale, no original) produzida pelo canal de streaming Hulu, o a ficção futurista de Atwood, ambientada num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo, e o fundamentalismo se fortalece como força política, ganhou status de oráculo dos EUA da era Trump. Em meio a todo este burburinho, O conto da aia volta às prateleiras com nova capa, assinada pelo artista Laurindo Feliciano."

Desde que "O Conto da Aia" começou a ser muito comentado após sua adaptação para série de TV, me vi bem interessada na história criada por Margaret Atwood, uma vez que sou uma grande defensora dos direitos das mulheres e que tenta abrir os olhos das pessoas as minha volta para os gestos machistas que ainda persistem em pleno século XXI. Mas o que tudo isso tem a ver com a história de Offred? Tudo.

"O Conto da Aia" é uma distopia que se passa nos Estados Unidos, que não exite mais como nós conhecemos. O país se tornou a República de Gilead, onde as mulheres perderam todos os seus direitos, elas são divididas em castas, de acordo com o papel que cada uma representa na sociedade baseado em preceitos religiosos. Além disso, grande parte da população feminina já não consegue mais engravidar, por isso as poucas mulheres ainda férteis são obrigadas a se tornarem aias, mulheres que servem apenas para dar herdeiros aos homens de alto escalão e suas esposas sem filhos. Nós vamos acompanhar essa história pelos olhos da Offred, uma mulher que se encontra no papel de aia. 

O livro é narrado em primeira pessoas pela Offred e não segue uma linearidade de acontecimentos, pelo contrário, em diversos momentos ela vai fazer digressões e ir e voltar no tempo. É como se a personagem estivesse fazendo um relato oral do que se passou com ela. Por isso, é preciso ter bastante atenção a leitura, para não se perder em meio a tantos relatos e informações.

A escrita de Margaret Atwood fluí bem e não é rebuscada, então qualquer um conseguirá ler e entender o que se passa no enredo do livro. Porém, a história é um pouco arrastada até metade do livro, porque Offred nos põe a par de sua rotina e do ambiente em que vive. Mas logo a história começa a se desenrolar nos fazendo desejar descobrir qual será o fim daquilo tudo. Porém, após o ritmo acelerado das últimas páginas, temos um final inconclusivo, em que fica no ar o que pode ter acontecido a Offred.

Eu gostei muito do livro, achei absurda a maneira como a autora escreveu uma distopia tão real e tão possível. Como mulher me vi assustada com a possibilidade de que os rumos políticos nos levem a situação semelhante. A história nos assusta e angustia, quando vemos uma mulher moderna perder todas as liberdades, até mesmo os pequenos prazeres, como se cuidar. Um livro obrigatório para termos um vislumbre de onde o machismo pode nos levar. Leitura nota 4.5, que perdeu esse meio ponto simplesmente por causa do último capítulo, em que temos a "transcrição" de uma palestrar, fiquei um pouco sem paciência. Mas uma das melhores distopias que já li.

Até o próximo post!

Resenha: Senhor das Sombras

18.9.17
Sinopse: "A ensolarada Los Angeles pode ser um lugar sombrio na continuação de Dama da Meia-Noite, de Cassandra Clare. Emma Carstairs finalmente conseguiu vingar a morte dos pais e pensou que com isso estaria em paz. Mas se tem uma coisa que ela não encontrou foi tranquilidade. Dividida entre o amor que sente pelo seu parabatai Julian e a vontade de protegê-lo das graves consequências que um relacionamento entre os dois pode trazer, ela começa a namorar Mark Blackthorn, irmão de Julian. Mark, por sua vez, passou os últimos cinco anos preso no Reino das Fadas e não sabe se um dia voltará a ser o Caçador de Sombras que já foi. Como se não bastasse, as cortes das fadas estão em polvorosa. O Rei Unseelie está farto da Paz Fria e decidido a não mais ceder às exigências dos Nephlim. Presos entre as exigências das fadas e as leis da Clave, Emma, Julian e Mark devem encontrar um modo de proteger tudo aquilo que mais amam — juntos e antes que seja tarde."

"Senhor das Sombras" é o segundo livro da trilogia Os Artifícios das Trevas da Cassandra Clare e se passa alguns anos depois da Guerra Maligna retratada em Os Instrumentos Mortais. Nesses livros acompanhamos a família Blackthorn e Emma Castairs, que ficaram órfãos depois que os caçadores de sombra tiveram que enfrentar Sebatian Morgernstern. Emma é parabatai de Julian Blackthorn, mas os dois estão apaixonados um pelo outro, o que é proibido pela Clave.

Eu gostei muito de Dama da Meia-Noite, primeiro livro, mas nesse segundo a sensação que tive foi que só serviu para preencher espaço, e bota preencher nisso, afinal, o livro tem 589 páginas. Depois de tudo que aconteceu antes, Emma descobrir que amar o parabatai é uma maldição, Malcom Fade ressuscitar Annabel, ser assassinado, Mark conseguir ficar com sua família e a aparição do namorado de Cristina, vem esse segundo livro e a autora não resolveu nada, pleo contrário nos trouxe mais problemas e aí eu fico pensando o tamanho que terá o terceiro último livro, ou se ela vai fazer como em Os Instrumentos Mortais e transformar a trilogia em série.

Claro, que o livro não é de todo mal, pelo contrário, Cassandra continua escrevendo muito bem, seus personagens são sempre bem construídos, o universo que ela cria é sempre mágico e luminoso e ela consegue fazer plot twists como ninguém. Devorei esse livro, não com tanta fome como o primeiro, ms havia algo ali, em meio a todas aquelas aventuras, mas foi um caso de livro com muitos acontecimentos em que não acontece nada.

Outro ponto positivo é a diversidade das personagens da Cassandra que mais uma vez trouxe representatividade para suas histórias de fantasia. Gosto também que ela mostrou que poemos ter caçadoras de sombra tão incríveis quanto caçadores, adorei quando ela disse que Emma tinha uma quedinha por Jace, mas depois ela queria ser como ele. Ponto positivo para Cassie.

Agora vamos falar sobre o drama, que essa autora sabe faze um como ninguém, e o nosso casal principal, Julian e Emma, continuam a sofrer e é impossível não se  solidarizar com os dois. Amo as cenas de amor dos dois, principalmente a entrega do Julian. Mas o drama não fica apenas para os personagens desta série, não, ela resolveu mexer com Clary e Jace, Magnus e até mesmo com a Tessa, e eu só fico pensando se ela vai ter coragem de executar algum deles e que se isso acontecer vai ser muita crueldade.

No geral "Senhor das Sombras" é um bom livro, mas ela poderia ter desatado alguns nós e deixado poucas revelações para o último livro. E seu tão conhecido final surpreendente foi muito cruel dessa vez, até porque estava gostando de um certo núcleo de personagens e imagino o que os acontecimentos finais vai fazer com ele. Aguardando o próximo livro pra ver qual é.

Até o próximo post!

Lançamentos Literários para 2018

17.9.17

Até o próximo post!

Filme: It - A Coisa

13.9.17
Sinopse: "Um grupo de sete adolescentes de Derry, uma cidade no Maine, formam o autointitulado "Losers Club" - o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do "Losers Club" acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise."


Finalmente estreou o filme "It - A Coisa", que pra mim era o filme mais esperado do ano, e eu que nunca li o livro do Stephen King, muito por me sentir intimidada por suas mais de mil páginas, corri para o cinema para conferir e como fã de um bom filme de terror saí bem satisfeita.

Esse filme não é a primeira adaptação do livro de Stephen King, nos anos 90 foi criada uma versão para a TV que eu gosto bastante, mas que em nada se assemelha com esse novo. Na versão de 2017 os diretores resolveram dividir a história em dois filmes, um narrando a primeira vez em que o Losers Club enfrentou a coisa e o outro os 27 anos depois quando ela volta para atacar Derry. Então nessa nova adaptação nós só vemos quando as crianças descobrem a coisa, enquanto a versão dos anos 90 retrata o reencontro do Losers Club. Pra mim que já conheço a história, achei bem mais interessante essa divisão, mostrando como o clube se formou e como foi enfrentar a coisa quando ainda crianças.

O filme tem uma vibe bem anos 80 (que eu particularmente sou grande fã), ou seja, o pessoal fã de filmes como Conta Comigo, E.T e Os Goonies vão gostar bastante. Mas se você não viveu nos anos 80 ou nos anos 90, mas é grande fã de Stranger Things também vai gostar muito desse filme, porque o estilo é basicamente o mesmo. E acho que o que mais tem em comum entre todos esses filmes e série que citei é a forte amizade entre as personagens, e isso está super presente em It, que mesmo sendo um filme de terror tem vários momentos engraçados e divertidos. 


Os atores do filme estão incríveis, as crianças estão demais e fico triste em pensar que o próximo filme só veremos eles crescidos, porque me afeiçoei a eles. Mas a grande estrela do filme com certeza é Bill Skarsgård, que deu a vida a Pennywise, o palhaço assustador de It. E olha que eu não colocava muita fé nessa escolha, porque pra mim o Pennywise do Tim Curry dos anos 90 era perfeito, mas o Bill estava impecável e conseguiu ser bem assustador em sua interpretação, se afastando muito do antigo palhaço, que em sua primeira interpretação era mais sarcástico, bem trash mesmo. Bill Skarsgård fez uma coisa bem mais aterrorizante.

Como disse, essa nova adaptação é bem mais assustadora, principalmente porque Pennywise usa do medos das pessoas para se alimentar, então temos diversas faces do medo presente, de acordo com o que cada um teme. Eu como tenho medo de palhaço, tomei vários sustos durante o filme e acredito que muita gente, que não tem esse receio, vai também ter sua dose de terror.

No mais It - A Coisa é um dos melhores filmes de terror que assisti nos últimos tempos e consegue também ser o filme sobre amizade e união digno de Conta Comigo (que se você ainda não assistiu precisa correr e assistir, tem na Netflix), atendeu a todas as expectativas e já quero a continuação.



Até o próximo post!

Resenha: O Sorriso da Hiena

11.9.17
Sinopse: "É possível justificar o mal quando há a intenção de fazer o bem?
Atormentado por achar que não faz o suficiente para tornar o mundo um lugar melhor, William, um respeitado psicólogo infantil, tem a chance de realizar um estudo que pode ajudar a entender o desenvolvimento da maldade humana.
Porém a proposta, feita pelo misterioso David, coloca o psicólogo diante de um complexo dilema moral. Para saber se é um homem cruel por ter testemunhado o brutal assassinato de seus pais quando tinha apenas oito anos, David planeja repetir com outras famílias o mesmo que aconteceu com a sua, dando a William a chance de acompanhar o crescimento das crianças órfãs e descobrir a influência desse trauma no crescimento delas.
Mas até onde William será capaz de ir para atingir seus objetivos?
Em O sorriso da hiena, Gustavo Ávila cria uma trama complexa de suspense e jogos psicológicos, em uma história que vai manter o leitor fisgado até a última página enquanto acompanha o detetive Artur Veiga nas investigações para desvendar essa série de crimes que está aterrorizando a cidade."

"O Sorriso da Hiena" do Gustavo Ávila foi publicado pela primeira vez de forma independente e nessa época já foi um sucesso, lembro de ver diversos booktuber comentando o quanto era incrível a história criada pelo Gustavo. Então você imagina que eu comecei a leitura cheia de expectativas e não fui decepcionada.

O livro vai começar com um casal sendo assassinado de forma brutal na frente do filho, 20 anos depois essa cena se repete, só que agora o garotinho que assistiu tudo está no lugar do assassino, que se tornou um serial killer. No encalço dele temos o detetive Arthur, que é excepcional no que faz e tem a síndrome de Asperger, e ele vai contar com a ajuda do psicólogo Willian, que é especializado no tratamento de crianças que sofreram traumas. E vou parar por aí para não estragar o desenvolvimento da história.

Gustavo Ávila escreve muito bem e o que mais me chamou atenção em sua escrita foi o fato dele não dar características regionais a sua história, que pode se passar tanto no Brasil como em qualquer lugar do mundo. O autor cria uma rede de acontecimentos todos entrelaçados que nos levam ao um final digno de um bom thriller.

Claro que o livro não é perfeito, temos alguns pontos em que eu fiquei incomodada, por exemplo, um momento de um assassinato em que ele só é notado alguns dias depois, sendo que o personagem é ativo na história. E claro, o fato de tudo dar muito certo para o assassino, mas essa questão eu até perdoo, porque acabei me afeiçoando ao "vilão" da história. Ah, isso foi uma das coisas que me fez gostar do livro, temos um personagem que tem motivos para ser tão cruel como é e isso pra mim sempre é válido.

'O Sorriso da Hiena" é um ótimo livro e eu tenho certeza que ainda vamos ouvir falar bastante do Gustavo Ávila, que tem tudo para ser um dos grandes nomes da literatura contemporânea brasileira. E espero que a Globo faça algo bem digno com os direitos desse livro, adoraria vê-lo em uma série de TV.

Até o próximo post!

Playlist de Agosto

6.9.17
O mês de agosto foi bem tranquilo, começamos com DJ Khaled e Rihanna e sua versão do famoso hit de Carlos Santana. Também tivemos o bom e velho reggaeton, com Mi Gente do J Balvin, que tem uma batida impossível de não dançar.

Como sempre temos k-pop, dessa vez uma banda nova virou meu vício, KARD com seu Hola Hola ganhou meu coração, que delícia de música. Também escutei bastante a mais nova do BLACKPINK. E claro que sempre tem espaço para G-Dragon, vulgo meu crush supremo. R.O.D entrou pra minha lista depois que vi uma apresentação dele com a CL, shippo muito.

Depois tivemos o momento fangirl de Game of Thrones que fica escutando a trilha sonora da série. Enquanto não saía a da sétima fiquei ouvindo a Finale da segunda temporada. E quando saiu a nova trilha, claro que me encantei por Truth por motivos óbvios de JONERYS!

Por fim escutei muito A Mulher do Fim do Mundo da Elza Soares, que virou uma inspiração pra mim, depois que assisti uma entrevista dela no Programa do Bial. Música maravilhosa.



Até o próximo post!

Resenha: Misery - Louca Obsessão

4.9.17
Sinopse: "Paul Sheldon descobriu três coisas quase simultaneamente, uns dez dias após emergir da nuvem escura. A primeira foi que Annie Wilkes tinha bastante analgésico. A segunda, que ela era viciada em analgésicos. A terceira foi que Annie Wilkes era perigosamente louca. Paul Sheldon é um famoso escritor reconhecido pela série de best-sellers protagonizados por Misery Chastain. No dia em que termina de escrever um novo manuscrito, decide sair para comemorar, apesar da forte nevasca. Após derrapar e sofrer um grave acidente de carro, Paul é resgatado pela enfermeira aposentada Annie Wilkes, que surge em seu caminho.

A simpática senhora é também uma leitora voraz que se autointitula a fã número um do autor. No entanto, o desfecho do último livro com a personagem Misery desperta na enfermeira seu lado mais sádico e psicótico. Profundamente abalada, Annie o isola em um quarto e inicia uma série de torturas e ameaças, que só chegará ao fim quando ele reescrever a narrativa com o final que ela considera apropriado. Ferido e debilitado, Paul Sheldon terá que usar toda a criatividade para salvar a própria vida e, talvez, escapar deste pesadelo."
"Misery" é mais um dos livros do Stephen King que não aborda o sobrenatural, porém esse livro vai falar sobre a obsessão e onde isso pode levar. Annie Wilkes é uma enfermeira e fã número um da série de livros protagonizados por Misery Chastain, escritos por Paul Sheldon. Um dia o destino desses dois se encontram quando Paul sofre um acidente e é salvo por Annie. E o que começa como uma salvação acaba se tornando um inferno.

O livro é cheio de sangue, porque Annie é psicótica, ela tortura Paul Sheldon o tempo todo, tudo para conquistar o que quer, que é trazer sua personagem favorita de volta. E as descrições no livro são bem gráficas, então é pra quem sangue frio.

Achei bem interessante no livro é que ele tem muitas referências sobre literatura. E quem é leitor assíduo vai se identificar bastante com algumas situações, como a revolta com o fim e algum personagem ou a falta de coerência em uma solução dada pelo autor. Mas diferente de Annie não trancamos nossos autores em quartinhos e os torturamos.

O que mais fez com que esse livro perdesse pontos comigo foi os trechos do livro escrito por Paul Sheldon, eu achava uma chatice quando a história de Misery era narrada. Ficava coma sensação de que estava perdendo tempo e o ritmo de leitura, porque queria saber o que ia acontecer entre Annie e Paul, não com uma personagem de um livro que o próprio autor acha ruim.

A escrita do Stephen King é maravilhosa e envolvente, fluí muito bem e mesmo esse não sendo o melhor livro dele que eu li, é inegável que a história é bem construída, seus personagens são complexos e a ideia é bem original.  Acho que na verdade foi que eu não estava na vibe do livro.

Até o próximo post!


TBR de Setembro 2017

3.9.17

Até o próximo vídeo!

Resenha: Fangirl

28.8.17

Sinopse: "Cath é fã da série de livros Simon Snow. Ok. Todo mundo é fã de Simon Snow, mas para Cath, ser fã é sua vida e ela é realmente boa nisso. Vive lendo e relendo a série, está sempre antenada aos fóruns, escreve uma fanfic de sucesso e até se veste igual aos personagens na estreia de cada filme.
Diferente de sua irmã gêmea, Wren, que ao crescer deixou o fandom de lado, Cath simplesmente não consegue se desapegar. Ela não quer isso. Em sua fanfiction, um verdadeiro refúgio, Cath sempre sabe exatamente o que dizer, e pode escrever um romance muito mais intenso do que qualquer coisa que já experimentou na vida real.
Mas agora que as duas estão indo para a faculdade e Wren diz que não a quer como companheira de quarto, Cath se vê sozinha e completamente fora de sua zona de conforto.
Uma nova realidade pode parecer assustadora para uma garota demasiadamente tímida. Mas ela terá de decidir se finalmente está preparada para abrir seu coração para novas pessoas e novas experiências.
Será que Cath está pronta para começar a viver sua própria vida? Escrever suas próprias histórias?"

Quando "Fangirl" da Rainbow Rowell foi lançado eu não dei muita moral para o livro, mas após ler "Eleanor & Park" da mesma autora, me interessei pelos outros livros dela. Mas se em "Eleanor & Park" eu amei tudo e não queria parar de ler, "Fangirl" teve vários problemas.

O livro vai contar a história de Cath, que tem uma irmã gêmea e é fã da série de livros Simon Snow. Mas ela não apenas gosta de ler os livros, ela gosta de escrever fanfic sobre os personagens dos da série. Mas agora a garota foi pra faculdade e tudo que ela gostava, por ser cômodo, tem que mudar na sua nova rotina. E ela não lida muito bem com isso.

Em meio ao tumulto da nova vida, Cath conhece dois garotos, Nick e Levi. O primeiro gosta de escrever com ela e o segundo gosta que ela leia para ele. Os dois são bem diferentes, mas mexem com os sentimentos da garota.

Cath é muito travada e não consegue fazer as coisas por medo e isso me incomodava bastante, porque tinha vontade de  empurrar ela pra vê se ela desempacava. A irmã gêmea dela também não é um exemplo de personagem incrível, achei ela meio grossa com a Cath em alguns momentos.  A colega de quarto era muito estranha. O Nick era muito narcisista. E o único que era a salvação da história era o Levi, que era sempre muito fofo com a Cath.

A escrita da Rainbow continua muito boa, apesar dos personagens chatos desse livro, e eu devorava as páginas dos livros. Porém a autora resolveu colocar pedaços das fanfics que a Cath escreve no meio da leitura e nesses momentos tinha vontade de jogar o livro pela janela, porque perdia o ritmo da história e informações importantes sobre a história principal eram adiadas para mostrar as aventuras de Simon Snow e sua paixão vampira, Baz.

Por fim o livro não é ruim, podia ter sido muito bom se as partes da "Carry On" fossem menores e não cortassem o ritmo da história. Porém não desisti da Rainbow, afinal ela escreveu o maravilhoso "Eleanor & Park", mas "Fangirl" não chega nem aos pés.


Até o próximo post!


Resenha: O Príncipe Corvo

21.8.17
Sinopse: "Ao descobrir que o conde de Swartingham visita um bordel para atender suas “necessidades masculinas”, Anna Wren decide satisfazer seus desejos femininos... com o conde como seu amante 
Chega uma hora na vida de uma dama... 
Anna Wren está tendo um dia difícil. Depois de quase ser atropelada por um cavaleiro arrogante, ela volta para casa e descobre que as finanças da família, que não iam bem desde a morte do marido, estão em situação difícil. 
Em que ela deve fazer o inimaginável... 
O conde de Swartingham não sabe o que fazer depois que dois secretários vão embora na calada da noite. Edward de Raaf precisa de alguém que consiga lidar com seu mau humor e comportamento rude. 
E encontrar um emprego. 
Quando Anna começa a trabalhar para o conde, parece que ambos resolveram seus problemas. Então ela descobre que ele planeja visitar o mais famoso bordel em Londres para atender a suas necessidades “masculinas”. Ora! Anna fica furiosa — e decide satisfazer seus desejos femininos… com o conde como seu desavisado amante."

"O Príncipe Corvo" vai contar a história do conde Swartingham que perdeu toda sua família para a varíola e ficou apenas com as marcas da doença e Anna Wren uma viúva que foi infeliz em seu casamento. A vida desses dois personagens se cruzam quando ele precisa de um secretário e ela de um emprego. E os dois acabam se interessando um pelo outro quando vão se conhecendo aos poucos.

A narração de Elizabeth Hoyt é muito envolvente e é impossível não devorar todas aquelas páginas. O enredo não é nada muito revolucionário e tem vários clichês, porém é delicioso ver o desenrolar do relacionamento de Edward e Anna, que começa no estilo "Orgulho e Preconceito", mas que leva para outras tramas.

A trama também conta com cenas hot, ou seja, inapropriadas para menores de 18 anos. Mas não é nada exagerado e repetitivo, são poucos os momentos em que elas são descritas. Claro, que quando o livro tem essa pegada mais erótica, me incomoda o apelo sexual desnecessário, tipo o cara se excitar só de olhar para os lábios da mocinha, não precisa disso.

As personagens do livro são bem interessantes, pois ao mesmo tempo que tem opiniões fortes, também demostram uma grande fragilidade quando retratadas as suas inseguranças. E nesse caso tanto o homem quanto a mulher se sentem dessa maneira.

Por fim, o nome do livro "O Príncipe Corvo" remete a história de um livro da biblioteca do conde de Swawtingham, que vai contar retratar o romance entre uma jovem e um corvo, uma mistura de A Bela e a Fera com Eros e Psique. Pra mim não acrescentou no enredo do livro e se não tivesse não faria diferença, mas também não incomoda.
O livro é um romance histórico delicioso, com altas doses de amor e muito viciante. Uma leitura extremamente viciante. Foi impossível parar de ler até chegar ao final, devorei o livro em dois dias. Super recomendado para os fãs do gênero.

Até o próximo post!


Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana