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Resenha: Restaura-me

11.6.18
Sinopse: "A história de Juliette e Warner continua no eletrizante novo volume da série Estilhaça-me, de Tahereh Mafi, autora best-seller do The New York Times. Juliette Ferrars acreditava ter vencido. Assumiu o controle do Setor 45, foi nomeada nova Comandante Suprema da América do Norte e agora conta com Warner ao seu lado. No entanto, quando a tragédia se instala, Juliette precisa confrontar a escuridão que existe tanto à sua volta quanto em seu interior."

O lançamento mais aguardado de 2018, pelo menos pra mim, era o quarto livro da série Estilhaça-me da Tahere Mafi. Afinal, "Incendeia-me" foi um dos livros que mais gostei de ler em 2014, terminei esse livro devastada por não ter mais de Warner e Juliette, mas principalmente da escrita da autora. Logo eu peguei "Restaura-me" cheia de gana e saudades daquele universo, mas terminei o livro um pouco confusa.

O livro começa logo depois do fim de "Incendeia-me", Juliette é a nova suprema comandante e tem que lidar com várias responsabilidades e com essa nova vida. Ela se sente perdida e despreparada para o papel que precisa desempenhar o papel que assumiu depois de matar Anderson. E em meio essa adaptação ela ainda tem que lidar com o seu relacionamento com Warner, que é a imagem do Restabelecimento, mas a pessoa que ela ama acima de tudo.

Tahere Mafi deixa um pouco de lado o seu jeito poético de ser neste livo, agora ela está mais focada em construir as intrigas políticas e a tensão da instabilidade. Isso não é ruim, até porque Estilhaça-me é uma série distópica, não apenas o romance. E a autora não abandonou de todo o seu estilo, a intensidade está toda ali, presente em Juliette e Warner.

Por falar em Warner, um dos meus personagens preferidos da história, está tão exposto, tão vulnerável, tão diferente do impecável comandante de "Estilhaça-me" e isso é tão incrível, porque vemos a desconstrução dele, que foi em grande parte causada pelo contato dele com a Juliette.

Mas nem tudo são flores, principalmente no quesito Warner, porque a autora usou do recurso que mais detesto, a falta de comunicação. E o casal da história começa a se desentender porque Warner não conversa com Juliette e isso me irritou bastante. 

No mais o livro é bom, terminou com um ótimo gancho para sua sequência, mas estou um pouco apreensiva com os rumos que a história pode tomar nos próximos dois livros que a autora disse que vai lançar. Só espero que a história cresça e se torne mais maravilhosa do que ela já é. 


Até o próximo post!



Resenha: Liberta-me

14.10.13
Depois de duas semanas sem muitas atualizações no blog a resenha de segunda tá de volta, e a resenha de hoje vai falar de um livro que tem o melhor "vilão" da vida, Liberta-me.


Sinopse: "Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante."

Antes de falar do enredo do livro preciso dizer que a capa de "Liberta-me" é horripilante, eu já não sou muito fã de capas com rostos de pessoas, e essa além de ter rosto de pessoas é basicamente um zoom da foto do primeiro livro.

Juliette está em liberdade agora, mas uma liberdade bem restrita já que ela está escondida no que para mim é a cópia do Instituto do Professor Xavier de X Men, algo que me incomodou bastante, já que achei muita viagem esses super poderes. Mas Juliette está mais ou menos feliz, porque está longe de Warner e de todas as atrocidades do Restabelecimento, porém ela não consegue esquecer o que fez para se livrar do jovem vilão (acho que ela gostou bastante de sua tentativa de fuga), e tem medo de que Adam descubra.

O romance entre Juliette e Adam não vai muito bem nesse novo livro, até que Tahereh Mafi decide jogar uma bomba na cabeça dos dois, e agora o casal não pode ficar junto. É nesse momento que o, até então, abominável Warner aparece para tomar o lugar de Adam ou para simplesmente confundir Juliette. Nessa segunda parte o meu personagem preferido (já tinha dito isso na resenha de Estilhaça-me) consegue mostrar seu verdadeiro eu debaixo de toda aquela crueldade e frieza, Warner é loucamente apaixonado e obcecado por Juliette, e ela começa a perceber que o monstro que ela sempre temeu tem mais em comum com ela do que poderia imaginar. E quando a mocinha resolve deixar que Warner rompa algumas barreiras entre os dois, MEUDEUS! é incendiante, os dois possuem uma química muito maior do que ela tinha com Adam.

Uma vez que Warner prova que não é o grande vilão, entra em cena o seu pai, que é um vilão com V maiúsculo, gosto de antagonistas como esse que são malvados de verdade e que sabem como destruir tudo a sua volta. Estou ansiosa para ver qual será o próximo passo dele e o seu final.

Em "Liberta-me" a Tahereh  consegue bagunçar de vez a vida de Juliette com todas novas descobertas e surpresas, e a protagonista continua se mostrando indecisa e se fazendo de pobre coitada, o que é insuportável, já que eu quero mais ação do que choradeira. Espero que no próximo livro ela acorde para a vida e seja mais decidida e forte.

Gostei bastante dessa segunda parte da trilogia, que reacendeu minha esperança de que Juliette escolha Warner e que incendiou de vez o enredo da distopia. Espero que a autora continue nesse mesmo caminho e que termine essa estória unindo todas as pontas soltas que ela criou em Liberta-me.

Boa Leitura!
Até o próximo post!

Resenha: Estilhaça-me

2.9.13
Estamos em uma fase em que as distopias vem dominando o mercado literário. Eu já li duas distopias: Jogos Vorazes e A seleção, que são bem distintas uma da outra, e não havia me interessado por nenhuma outra a ponto de querer lê-la imediatamente. Mas devido a um empréstimo literário eu me vi com uma distopia  nas mãos, tenho que confessar que tive um pouco de receio, porém acabei lendo o livro de Tahereh Mafi, e fiquei viciada na estória de "Estilhaça-me".



Sinopse:"Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro."

A diagramação desse livro é muito boa, a capa é muito bonita (mesmo que particularmente eu não goste de capas com pessoas), gosto também do começo dos capítulos ter um efeito de vidro estilhaçado. O tamanho da letra também é muito bom.

A escrita de Tahereh Mafi é bem diferente do que eu estou acostumada. A estória é narrada em primeira pessoa, pela personagem Juliette, e ela gosta de usar metáforas para descrever sensações e sentimentos (preciso confessar que tinha hora que me irritava bastante). Acho que o maior problema sobre o livro ser escrito em primeira pessoa é a narradora ser Juliette, porque ela é extremamente dramática, então tudo é muito exagerado.

O enredo de "Estilhaça-me" segue a receita distópica: mocinha que tem nas mãos a oportunidade de mudar, país que vive um governo ditatorial e cruel, jovem bonito que se apaixona loucamente pela mocinha e que faz de tudo para salvá-la e o terceiro membro de um triângulo amoroso, que parece ser algo que não é. Eu sei que esse modelo já está muito repetitivo, mas tem alguma coisa nesse livro que o diferencia dos outros.

Os personagens de Tahereh são muito intensos, acho que esse é o ponto forte de sua escrita, eles possuem características muito fortes e tem os sentimentos à flor da pele. Na minha opinião o melhor personagem da estória é o vilão Warner, não por ser o esteriótipo de vilão, mas por ter uma complexidade que o torna uma incógnita  acho tão incrível a maneira como a autora conseguiu criar alguém tão obcecado quanto ele, espero de verdade que ele ganhe mais espaço no enredo (estou torcendo para ele ficar com Juliette) e que ele se torne a grande surpresa dessa distopia.

Gostei do livro e com certeza vou ler sua continuação, principalmente para saber o que irá acontecer com o Warner. Espero que a autora leve a estória para um campo em que não só romance prevalece, mas a questão política também esteja em evidência. 


Boa Leitura!
Até o Próximo Post!


Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana