Mumford & Sons

26.2.14
Voltando com posts de dica musical, pra falar de uma banda incrível, que eu descobri graças a uma amiga fã de música "caipira". Porém Mumford & Sons é mais do que isso, eles são música folk de qualidade.


A banda é composta por quatro integrantes, Marcus Mumford, Ben Lovett, Wiston Marshall e Ted Dwane, e todos eles fazem vocais em meio a sons de badolim, banjo e acordeão. Eles tem essa mistura que remete a música "caipira", mas aprimorada com o sotaque inglês. Que me encantaram de primeira com "Hopeless Wandere", em que os músicos são substituídos por atores de Hollywood.


Hopeless Wandere

Mas antes desse clipe a banda já havia estourado com o EP Love Your Ground, com a música "Little Lion Man", que concorreu ao Grammy de 2010 como melhor música de rock, que acabaram não levando. Mas foram premiados no ARIA Music Award e Brit Award de 2011.

Little Lion Man

Mas foi em 2012 que a banda rompeu o território inglês e começou a atingir outros países com seu disco "Babel", que é recheado de músicas deliciosas, considerado o maior sucesso do ano. No ano seguinte a banda se apresentou no Grammy e ganhou a categoria de Melhor Álbum do Ano


I Will Wait

Se você ainda não conhece o som dos caras recomendo que comece por "Broken Crown", que sem sombra de dúvida é a minha favorita deles, com sua letra maravilhosa e melodia dolorida. Depois se delicie com "Lover of the Light" com sua dose de romantismo e finalmente se renda aos sons do banjo com "Winter Winds".

Broken Crown

Lover of the Light

Winter Winds

E se mesmo depois de todas essas músicas você ainda não estiver totalmente integre ao som do "Mumford &Sons", basta escutar a versão de "Jolene" que eles cantaram com a cantora Maura Marling, que tenho certeza que se renderá ao folk.

Jolene


Infelizmente a banda está em hiato, por tempo indeterminado, desde setembro do ano passado, mas não tem problema se juntar aos fãs deles e aumentar o coro das preces para que eles voltem logo.



Até o próximo post!








Resenha: Jogos Vorazes

24.2.14
Essa resenha está com uns dois anos de atraso, que foi quando li Jogos Vorazes pela primeira vez, então resolvi relê-lo para fazer a resenha aqui.



Sinopse: "Após o fim da América do Norte, uma nova nação chamada Panem surge. Formada por doze distritos, é comandada com mão de ferro pela Capital. Uma das formas com que demonstram seu poder sobre o resto do carente país é com Jogos Vorazes, uma competição anual transmitida ao vivo pela televisão, em que um garoto e uma garota de doze a dezoito anos de cada distrito são selecionados e obrigados a lutar até a morte! Para evitar que sua irmã seja a mais nova vítima do programa, Katniss se oferece para participar em seu lugar. Vinda do empobrecido distrito 12, ela sabe como sobreviver em um ambiente hostil. Peeta, um garoto que ajudou sua família no passado, também foi selecionado. Caso vença, terá fama e fortuna. Se perder, morre. Mas para ganhar a competição, será preciso muito mais do que habilidade. Até onde Katniss estará disposta a ir para ser vitoriosa nos Jogos Vorazes?"

Adoro a diagramação desse livro, preciso dizer que a ideia da Rocco de manter a capa original foi ótima, particularmente acho as capas dessa série maravilhosas. Gosto também do tamanho do livro, tenho preferência por livros menores, mesmo que isso faça com que eles fiquem mais grossos.

O livro de Suzanne Collins não é tão grande e acho que isso é um ponto forte dele, o livro não deixa buracos e é bem explicado, não é uma enrolação, ele é dinâmico. Eu sou fã de livros com cenas de ação, e Jogos Vorazes tem belas cenas de ação te fazendo devorar cada página ansiando por mais, as quase 400 páginas se extinguem rapidamente.

 O enredo de THG é incrível, sempre gostei de distopias, desde "V de Vingança", mas o universo criado por Collins é muito realista, que alguns momentos tenho medo de que nos transformemos em algo semelhante. A mania de Big Brother das pessoas, o antigo espetáculo de pão e sangue que estão presentes em nossa vida, são retratados em escala maior no livro. Acho que a autora criou uma obra crítica, que tem tudo para ser um clássico daqui uns anos. Fico triste de que em alguns momentos os jovens leitores percam as verdadeiras lições da trilhogia, que é altamente política.

Uma prova de que a estória de Katniss não é só mais um romance modinha, temos os relacionamentos amorosos nada românticos. Pois é, se você leu em algum lugar coisas como"eles só não esperavam se apaixonar.", "sou team Peeta", "sou team Gale", esqueça todas essas frases idiotas, porque nessa primeira parte da estória o romance é apenas uma maneira de se manterem vivos. Como já disso "Jogos Vorazes" é mais político que romântico.

O romance fica em segundo plano principalmente devido a narradora e protagonista Katniss Everdeen, a garota quente (no livro a tradução é essa) não é ligada a relações amorosas, ela não é uma mocinha indefesa que precisa de um homem para se proteger, ela mesma se defende e resolve seus problemas. Ela é da leva de "mocinhas" heroínas (já falei sobre isso nesse post), que eu gosto muito, porém tenho uma certa birra com a ela. Isso acontece porque sou apaixonada por Peeta Mellark, a verdadeira donzela em perigo de Jogos Vorazes, que sofre com a desconfiança de Katniss. Peeta não é um herói, mas um rapaz doce, carismático e sincero, enquanto a garota desconfia de tudo que ele faz, simplesmente por não estar acostumada a ser tratada com carinho. Por esse motivo que tenho certa implicância com a Catnip.

"Jogos Vorazes" é uma ótima estória, tem tudo para ser conhecido e admirado por muito tempo, principalmente, por ser um livro que tem uma "lição" que as  pessoas precisam ler e entender, não vê-lo como apenas uma ficção. Então se você ainda não leu esse livro, precisa lê-lo, não o encare como apenas uma diversão e absorva as críticas que Suzanne Collins faz naquelas páginas, porque isso sim é algo a se pensar.


Boa Leitura!
Até o próximo post!

Selo: The Versatile Blogger Award

23.2.14
O blog foi indicado para mais um selo, e dessa vez ele foi indicado por vários outros blogs que foram Resenhas da Chapeleira, Tenho que Contar, Morada dos Livros e Leia Garota Leia. Obrigado a todos que me indicaram, demorei mas respondi finalmente.


1. Agradecer a pessoa que te indicou e colocar o link dela na postagem. 
2. Escolher 15 blogs com menos de 200 seguidores.
3. Avisar os blogs que você indicar.
4. Escrever 7 coisas que você gosta.


7 Coisas que eu gosto
    1. Trilha sonoras das animações Disney
    2. Ver filmes repetidos
    3. Escrever ouvindo música
    4. Assistir trailer de filmes
    5. Fazer listas (para tudo que existe)
    6. Simular compras na internet
    7. Escrever à mão
15 Blogs indicados
Quero ver as respostas de quem foi indicado.

Até o próximo post!

Lobos de Mercy Falls: Espera

17.2.14
Finalmente estou fazendo a resenha do segundo volume da trilogia "Os Lobos de Mercy Falls", na verdade ela para ela já ter saído no ano passado, porém a blogueira aqui procrastinou, procrastinou e esqueceu do livro e precisou relê-lo. Mas aqui estou eu fazendo a resenha do livro de Maggie Stiefvater, uma das minhas autoras preferidas, que no entanto não me conquistou em "Espera"


Sinopse: "Em Espera, Grace e Sam devem lutar para ficar em juntos. Para ela, isso significa desafiar seus pais e manter um segredo muito perigoso a respeito de seu próprio bem-estar. Para ele, isso significa lutar contra seu passado de lobisomem... e descobrir uma maneira de sobreviver no futuro. Adicione a essa mistura um novo lobo chamado Cole, cujo passado tem o potencial de destruir toda a matilha, e Isabel, que já perdeu seu irmão para os lobos, e, apesar disso, se sente atraída por Cole."

A minha primeira reclamação é a respeito da diagramação feita pela editora Agir, que resolveu destoar o segundo livro totalmente do primeiro, fazendo com que eles não pareçam pertencer a mesma série. Uma lástima, uma vez que a edição gringa é maravilhosa.

Mas a escrita de Maggie ainda é deliciosa, já a elogiei na resenha de "Calafrio" e "Corrida de Escorpião", fazendo com que você devore seus livros sem se dar conta, principalmente com sua ótima narração em primeira pessoa. Pois é, estou elogiando um livro narrado em primeira pessoa, porém seria uma blasfêmia não elogiar a maneira como a autora consegue ser a personagem, e isso é visível em "Espera" onde temos quatro narradores completamente diferentes. Porém mesmo com toda essa escrita incrível esse livro causou uma decaída na série.

Fiquei decepcionada com a continuação da estória de Sam e Grace, como desconfiava desde de "Calafrio", esse livro foi uma extensão desnecessária. "Espera" é um sofrimento sem fim,que eu achei que acabaria com a cura de Sam, mas não, temos o casal principal tendo que lidar com mais obstáculos. Isso tornou Sam, já melancólico no primeiro livro, em um garoto irritantemente depressivo, gerando uma certa preguicinha.

Enquanto o casal principal me matava de preguiça, Isabel e Cole incendiavam o enredo. Gostei dos dois juntos, de seus momentos e de suas narrações. Principalmente Cole St Clair, que pra mim é mais maduro do que sua idade e transpira sex appel, com toda certeza minha personagem preferida.

Mesmo amando Maggie Stiefvater e sua escrita, achei que "Lobos de Mercy Falls" deveria ter finalizado em apenas um livro. Já havia drama suficiente em "Calafrio", não precisava de um segundo livro para gerar mais problemas. Porém irei ler "Sempre" para saber mais sobre Cole e me deliciar com a escrita da autora.


Boa Leitura!
Até o próximo post!

Filme: O Lobo de Wall Street

16.2.14
Finalmente assisti "O Lobo de Wall Street", novo filme do Martin Scorsese e Leonardo DiCaprio, já havia falado dele na minha listinha de escolhidos do Oscar. Naquele post falei que esse era o filme que mais queria ver e que estava com grandes expectativas, pois é... minhas expectativas não foram decepcionadas, porque esse filme é sensacional.


Sinopse: "Durante seis meses, Jordan Belfort (Leonardo DiCaprio) trabalhou duro em uma corretora de Wall Street, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). Quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday, que faz com que as bolsas de vários países caiam repentinamente. Sem emprego e bastante ambicioso, ele acaba trabalhando para uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. É lá que Belfort tem a ideia de montar uma empresa focada neste tipo de negócio, cujas vendas são de valores mais baixos mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso. Ao lado de Donnie (Jonah Hill) e outros amigos dos velhos tempos, ele cria a Stratton Oakmont, uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer."


Quando assisti ao trailer do filme já esperava por algo alucinante e engraçadíssimo, porém esse filme é mais que isso. A estória de Jordan Belfort, que foi retratada em um livro anteriormente, é surreal, e Scorsese e DiCaprio conseguiram reviver perfeitamente essa loucura no filme.

Comecemos falando do elenco que se encaixou e recriou Wall Street muito bem. Temos um Matthew McConaughey em alguns minutos de filme apresentando a essência do mundo dos negócios em Wall Street, e que minutos foram esses, tenho certeza de que ele poderia ganhar um Oscar se tivesse aparecido em mais algumas cenas, porque a cena do almoço é memorável.


Mas logo que sai McCounaughey entra em cena Jonah Hill, que já havia me conquistado em Anjos da Lei, mas conseguiu se superar em "O Lobo", o ator afirma que trabalhou pelo menor cachê dos atores do filme, ele disse que venderia sua casa para poder trabalhar com o diretor. E graças a Deus ele fez isso, porque ele como parceiro de Jordan Belford, foi sensacional.


E falando em Jordan Belford, não posso me esquecer de elogiar a grande estrela de "O Lobo de Wall Street", Leonardo DiCaprio, antes mesmo de assistir o filme já queria que ele recebesse a estatueta de melhor ator, logo que saí do cinema tive certeza de que ele é mais do que merecedor. Sempre elogiei a capacidade dele de se tornar a personagem, nesse filme podemos nos deliciar com mais uma de suas imersões , DiCaprio é Jordan Belford. A maneira como ele viveu aquelas cenas foi brutal, ele esbravejava, sorria, se drogava, transava, gastava o dinheiro e incentivava seus funcionários como o Lobo. Acho que agora ele consegue convencer a academia de vez e nós vamos conseguir ouvir a frase "The Oscar goes to Leonardo DiCaprio".



Além da qualidade do elenco, o enredo e a maneira como ele foi construído foi impecável. Jordan Belford vai contando suas estórias interagindo com quem está assistindo ao filme. Em alguns momentos me lembrou os filmes de Tarantino, como nas cenas em que haviam "propagandas". O filme é sim pesado com suas cenas de sexo,drogas e seus 560 palavrões, mas ao mesmo tempo cômico, é impossível ficar sem rir das cenas em que Jonah e Leonardo vivenciam suas "viagens", principalmente quando ele tomam Lemmons, não consigo me lembrar dessa cena sem gargalhar.


Além de elenco e enredo fantásticos o filme de Scorsese tem uma trilha incrível, depois que vocês escutá-la, não vai conseguir mais tirá-la da cabeça. Todas a músicas foram muito bem selecionadas desde a trilha do trailer com Kanye West e seu Black Skinhead a Everlong do Foo Fighters.


Um filme com bom diretor, enredo surreal, elenco incrível, trilha sonora deliciosa, não pode deixar de ser assistido. Então vá até o cinema mais próximo e fique 3 horas assistindo ao "O Lobo de Wall Street", porque esse tempo não vai ser nada comparável ao tanto que esse filme é bom.


Bom Filme!
Até o próximo post!

Resenha: O Oceano no Fim do Caminho

10.2.14
Sempre lia comentários a respeito da escrita primorosa de Neil Gaiman, de que o escritor era mestre em escrever fantasia. Resolvi dar uma chance a ele com o seu livro mais recente: O Oceano no Fim do Caminho pelos britânicos.


Sinopse: "Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto da escada, que antes era dele, passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter sido perturbadas. Forças que não são deste mundo. Um horror primordial, sem controle, que foi libertado e passou a tomar os sonhos e a realidade das pessoas, inclusive os do menino.
Ele sabia que os adultos não conseguiriam — e não deveriam — compreender os eventos que se desdobravam tão perto de casa. Sua família, ingenuamente envolvida e usada na batalha, estava em perigo, e somente o menino era capaz de perceber isso. A responsabilidade inescapável de defender seus entes queridos fez com que ele recorresse à única salvação possível: as três mulheres que moravam no fim do caminho. O lugar onde ele viu seu primeiro oceano."

Minhas primeiras impressões com a escrita de Gaiman foram positivas, o escritor sabe contar estórias muito bem, o enredo é muito bem construído. O autor consegue criar um universo fantástico bem amarrado, seu narrador é muito característico. Ele consegue ser a personagem, na maneira que fala e nos sentimentos que passa nas palavras. Com toda certeza, posso dizer que Gaiman é leitura de qualidade.

A estória do livro é muito fantástica, tudo que acontece no livro é tão surreal que em alguns momentos ficamos sem saber se aquilo é tudo fruto da imaginação de uma criança ou a realidade. Ele utiliza das memórias de um garoto que passou por situações traumáticas e que criou esse universo.

Gostei muito das personagens de Gaiman, porém acho que faltou uma descrição e um aprofundamento melhor nesse quesito. Acho que o livro ficaria mais rico se isso tivesse acontecido. Mesmo com essa escassez, gosto da personagem George, um menino que se esconde nos livros, que busca neles uma maneira de fugir. Por isso, acredito que toda a magia que ele relata é na verdade uma maneira de fugir da realidade. George utiliza daquelas estória para se esconder da traição do pai, das maldades que sofria do mesmo e da babá, da antipatia pela babá, da não aceitação da irmã, do distanciamento da amiga. Ele transformou sua vida nas estórias dos livros que lia.

"O Oceano no Fim do Caminho" é muito bom, não é o melhor livro de literatura fantástica que eu li, porém é muito bem escrito e merece ser lido com toda certeza. Neil Gaiman já me conquistou e já quero ler outras obras do autor.


Boa Leitura!
Até o próximo post!


E se Hermione ficasse com Harry?

8.2.14
Nas últimas semanas os fãs de Harry Potter estão em polvorosa devido a algumas declarações da autora da série, J.K Rowling, de que Hermione e Harry deveriam ter ficados juntos no final da estória. Antes de mais nada, preciso dizer que achei as declarações da autora desnecessárias, já é a segunda vez que ela fala de um desfecho diferente do escrito. Acho que depois de tanto tempo é de muito mau gosto ficar comentando sobre possíveis finais, acho isso apenas uma maneira de gerar polêmica (Mas ainda amo você Tia Jô).


Mesmo achando que essas declarações não irão mudar nada, fica a dúvida: E se Hermione tivesse ficado com Harry? Posso dizer que muito antes de Tia Jô falar sobre essa possibilidade eu já havia pensado nisso há 12 anos atrás. Isso aconteceu quando fui assistir Harry Potter e A Câmara Secreta (por incrível que pareça nunca havia lido os livros ou visto A pedra filosofal), e em algumas cenas era explicito o carinho de Harry por Hermione, como quando ela estava petrificada pelo basilisco e ele a visita na enfermaria e diz a seguinte frase: "Eu preciso de você", lembro que naquele momento comentei com a minha prima, que tinha certeza de que os dois iriam ficar juntos no final. E quando chegamos as cenas finais do filme tem aquele abraço, que na minha cabeça, de não conhecedora da estória, era sinal de que aquilo seria o começo de um relacionamento amoroso.


Os anos foram passando (e eu virei pottermaníaca de vez) e fui percebendo que entre os dois existia apenas um amor entre amigos. Na verdade acho que as relações amorosas nos livros do bruxo foram deixados de lado, era algo secundário comparado a luta contra o mal. Mas a autora inseriu levemente a construção de relacionamentos amorosos, mas tudo aquilo parecia muito superficial, os laços de amizade eram muito mais exaltados (e bem melhores). 

Em alguns momentos tinha minhas dúvidas sobre os sentimentos de Harry e Hermione, principalmente porque não concordava com a união do Rony com a melhor amiga. Não me julguem ou queiram me assassinar com a faca da cozinha, mas sempre achei o Rony um pé no saco, no quesito Srta. Granger, ele a tratava como se fosse um menino, sempre implicava com ela e sempre tomava decisões equivocadas. 


Além dessas pequenas brechas que já citei, a Warner também colaborava com a sensação de que teríamos um namoro entre o protagonista e sua melhor amiga. Os filmes eram povoados de cenas gracinhas entre os dois, claro, que ressaltavam a amizade, mas achava um pouco demais.




Claro que por obrigação ainda tínhamos as cenas pistas de que Ron nutria uma paixão por Mione, tudo muito sutil, afinal ainda não se sabia o final oficial. Isso começou em "O Prisioneiro de Azkaban", quando o filme começa a mostrar que por trás de todas as brigas os dois sentem alguma coisa amais um pelo outro.

Mesmo com esses pequenos sinais lembro que nas época do lançamentos dos 3 últimos livros começaram a rolar boatos de que alguns personagens iriam morrer e que Rony poderia trair Harry. Em uma conversa com minhas amigas, que também eram muito fãs da série, levantamos vários pontos a respeito da teoria da traição de Wesley. Eu me lembrei que ele sempre fora ganancioso, afinal no episódio do espelho de Ojesed ele viu todos seus desejos (muitos que o harry conquistou) sendo realizados, e a liderança era o que ele mais ansiava. E liderança nunca foi muito a dele, vocês tem que concordar. E Harry, que se tornou um líder por obrigação, só ansiava estar com a família.


Fiquei com essa teoria na cabeça e pensei que devido a uma traição Rony não ficaria com Hermione e ela finalmente fosse ficar com Harry. Mas como todos já sabem isso não aconteceu, porque Rownling preferiu agradar aos fãs que clamavam "Hey, Hey, Hey Weasley é nosso Rei!". Eu nunca concordei muito com Rominone, porém fui aceitando os dois, devido as cômicas cenas de ciúmes dos dois, como quando Mione foi para o baile com o Krum ou quando Rony namorou Lilá Brown.




Por isso mesmo não concordado de primeira com o casal, acabei aceitando e até gostando dos dois. Não posso negar que o namoro entre Harry e Hermione seria mais calmo e fácil, do que a estória dela com Ronald Weasley. Porém acho que esse tanto de se's não resolvem nada. Afinal, Harry casou com Gina (pior casal da face da terra) e Romione finalmente se acertou. E já são quase 10 anos do fim da estória de Harry Potter, não tem como J.K Rowling voltar atrás.


Mesmo com toda essa polêmica, preciso agradecer a rainha, afinal graça a sua declaração polêmica pude reviver as memórias e teorias da época em que a saga não havia terminado e tudo era um grande E SE... 

Até o próximo post!






  

Resenha: Dias de Inferno na Síria

3.2.14
A resenha de segunda voltou e hoje ela é de um gênero literário bem diferente dos que eu costumo resenhar aqui no blog. O livro reportagem, é um gênero que eu adoro e que costumo ler (sim, eu leio outras coisas sem ser romances, YA, NA, fantasia), até porque eu faço jornalismo. E esse livro foi especial, porque eu assisti a palestra do Jornalista e ganhei o livro autografado no mesmo dia.



Sinopse: "O jornalista Klester Cavalcanti saiu de São Paulo, em maio de 2012, com a missão de registrar a realidade da guerra civil na Síria. Partiu para Beirute com toda a documentação em ordem e um contato esperando-o na cidade de Homs, então epicentro do conflito entre as forças de Bashar al-Assad e os rebeldes do Exército Livre da Síria. Mas acabou preso pelas tropas oficiais, torturado e encarcerado por seis dias, com mais de 20 detentos. Durante o período em que viveu no inferno, Klester não sabia o que o futuro lhe reservava. Acostumado a denunciar violações dos Direitos Humanos no Brasil, o jornalista conseguiu fazer seu trabalho no ambiente inóspito da prisão. Ali estavam os personagens e as histórias de vida que precisava para retratar a guerra civil, ouvindo os tiros e explosões que vinham das ruas que viu e fotografou antes de ser capturado. Até hoje, Klester é o único jornalista brasileiro a entrar em Homs, a terceira maior cidade da Síria e uma das mais afetadas pela guerra."

O livro reportagem é uma matéria maior, que leva mais tempo para ser feita, contém mais detalhes e um envolvimento maior do repórter. Eu já li poucos livros desse gênero, mas todos foram ótimos, mas o meu preferido é sem sombra de dúvida "A sangue frio" do Truman Capote (ele é autor de Bonequinha de Luxo). Fiquei interessada no livro do Klester por gostar do estilo, mas principalmente por retratar os conflitos na Síria.

A escrita do Klester é deliciosa e flui muito bem, mesmo tendo como temática um assunto "pesado". Ele consegue passar muito bem a situação do local e os sentimentos de desespero e tristeza que ele viveu durante os dias que ficou preso. Só achei que ele foi um pouco dramático em certas coisas (eu sei que ser preso na Síria não é fácil, mas a situação dele poderia ser pior). Mas não posso negar que a angustia dele acaba sendo passada para o leitor.

O livro é de um tamanho pequeno e tem uma diagramação muito bacana. Adoro as fotografias que foram inseridas nas páginas do meio, acho que isso ajuda a imaginação da leitura. Só não gosto tanto delas serem afixadas no meio, acho que se fosse no final do livro, seria esteticamente melhor.

"Dias de Inferno na Síria" tem bastantes descrições, para algumas pessoas pode ser um pouco cansativo, eu gosto de livros nesse estilo, acho que torna a leitura mais visual. É como se magicamente todo o ambiente descrito naquelas páginas surgisse na nossa frente.

Os acontecimentos relatados pelo jornalista me deixaram um pouco perturbada, porque eu tenho conhecimento sobre os confrontos na Síria, mas ele mostra de forma mais profunda, contando estórias sobre as personagens que foi conhecendo durante seus dias de inferno. Através das palavras do autor conhecemos a vida da população que sofre com essa guerra.

Indico a todos que são fãs de relatos reais a lerem esse livro, Klester Cavalcanti é um ótimo escritor (e palestrante). E livros reportagens são bem mais interessantes e completos que os jornais semanais, vale a pena (se você gosta) dar uma chance a eles.

Boa Leitura!
Até o próximo post!

Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana