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Resenha: A Luneta Âmbar

4.9.19
Sinopse: "Em todos os universos, forças se reúnem para tomar um lado na audaciosa rebelião de lorde Asriel contra a Autoridade. Cada soldado tem um papel a desempenhar – e um sacrifício a fazer. Feiticeiras, anjos, espiões, assassinos e mentirosos: ninguém sairá ileso. Lyra e Will têm a tarefa mais perigosa de todas. Com a ajuda de Iorek Byrnison, o urso de armadura, e de dois minúsculos espiões galivespianos, eles devem alcançar um mundo de sombras, onde nenhuma alma viva jamais pisou e de onde não há saída. Enquanto a guerra é travada e o Pó desaparece nos céus, o destino dos vivos – e dos mortos – recai sobre os ombros dos dois. Will e Lyra precisam fazer uma escolha simples, e a mais difícil de todas, com consequências brutais. A luneta âmbar é o último livro da trilogia Fronteiras do Universo, que teve início com A bússola de ouro e A faca sutil. Uma conclusão emocionante, que leva o leitor a novos e fantásticos universos."
 
Cheguei finalmente ao último livro da série "As Fronteiras do Universo", depois de ter passado por "A Bússola de Ouro" e "A Faca Sutil", finalmente li "A Luneta Âmbar" e se nos demais livros eu achei a história pesada e densa, mal sabia eu o que me esperava neste terceiro livro. Posso afirmar que a leitura não foi fácil, porém é difícil dizer que é um livro ruim.
O livro começa com Lyra em um sono profundo, imposto pela Sra. Coulter, e Will tentando reencontrar a garota, após ter presenciado a morte do pai. Além dos dois personagens principais acompanhamos a história da Dra. Malone, que foi parar em um universo com criaturas muito estranhas e de lorde Asriel, se preparando para uma rebelião.
 
O terceiro livro, na minha opinião, é o melhor de toda a trilogia, agora já temos informações melhores  sobre o que é o pó, o papel de Lyra e Will e o porquê de toda a rebelião. E mesmo tendo conseguido esclarecer alguns pontos da história, o autor ainda conseguiu criar novos "mistérios" e solucioná-los nesse mesmo livro. 

Will e Lyra estão muito mudados, eles amadureceram muito e é possível enxergar que já não são mais crianças, estão entrando na adolescência e além de terem que lidar com todos os problemas, ainda precisam aprender sobre o amor. Adorei a relação dos dois, como gradativamente foi sendo construída e culminou em um final doloroso, mas muito bonito.

Particularmente estava muito mais interessada no núcleo de Will e Lyra, mas não tem como não se interessas pela rebelião de Asriel e a relação dele com a Sra. Coulter, gostei muito do desfecho dos dois. O que não aconteceu com Mary Malone, nossa, eu achei todos os seus capítulos um tédio e uma vez ou outra me interessei pelo que se passou com ela.

Os capítulos de Mary Malone não me interessavam, porém o que mais me fez achar a leitura desse livro cansativo foi toda a questão científica, acredito que não tenho bagagem suficiente para entender a complexidade de tudo aquilo, por isso tinha que reler vários parágrafos para entender direito o que os personagens estavam dizendo ou o que estava acontecendo. 

Mesmo tendo dificuldades nesta leitura, não consigo dizer que "A Luneta Âmbar" é um livro ruim, porque consigo enxergar que foi uma dificuldade minha, mas que esse livro é uma obra prima muito bem escrita. Philip Pullman criou uma mitologia muito fantástica e é impossível, principalmente para mim, grande fã de fantasia não admirar toda a magia dessa história. Além disso, as críticas feitas a autoridade da Igreja, as falas sobre bem e mal e os personagens cheios de camadas me conquistaram.

"As Fronteiras do Universo" é uma trilogia muito boa e vai agradar fãs de fantasia e ficção científica, crianças e adultos (esses acredito que até um pouco mais) e vale a pena ser lida. Afinal, vem aí a adaptação em forma de série da HBO, que parece estar maravilhosa e o mais novo sucesso da emissora. Então dê uma chance a essa história. 

Até o próximo post!

Resenha: Origem

26.2.18
Sinopse: "De onde viemos? Para onde vamos?
Robert Langdon, o famoso professor de Simbologia de Harvard, chega ao ultramoderno Museu Guggenheim de Bilbao para assistir a uma apresentação sobre uma grande descoberta que promete "mudar para sempre o papel da ciência".
O anfitrião da noite é o futurólogo bilionário Edmond Kirsch, de 40 anos, que se tornou conhecido mundialmente por suas previsões audaciosas e invenções de alta tecnologia. Um dos primeiros alunos de Langdon em Harvard, há 20 anos, agora ele está prestes a revelar uma incrível revolução no conhecimento... algo que vai responder a duas perguntas fundamentais da existência humana.
Os convidados ficam hipnotizados pela apresentação, mas Langdon logo percebe que ela será muito mais controversa do que poderia imaginar. De repente, a noite meticulosamente orquestrada se transforma em um caos, e a preciosa descoberta de Kirsch corre o risco de ser perdida para sempre.
Diante de uma ameaça iminente, Langdon tenta uma fuga desesperada de Bilbao ao lado de Ambra Vidal, a elegante diretora do museu que trabalhou na montagem do evento. Juntos seguem para Barcelona à procura de uma senha que ajudará a desvendar o segredo de Edmond Kirsch.
Em meio a fatos históricos ocultos e extremismo religioso, Robert e Ambra precisam escapar de um inimigo atormentado cujo poder de saber tudo parece emanar do Palácio Real da Espanha. Alguém que não hesitará diante de nada para silenciar o futurólogo.
Numa jornada marcada por obras de arte moderna e símbolos enigmáticos, os dois encontram pistas que vão deixá-los cara a cara com a chocante revelação de Kirsch... e com a verdade espantosa que ignoramos durante tanto tempo."


Antes de começar a falar sobre "Origem" quero que vocês entendam minha relação com o Dan Brown. Eu sempre gostei dos livros do autor, me lembro até hoje do meu encantamento quando li "O Código da Vinci" pela primeira vez e como esse livro ficou na minha lista de favoritas por muito tempo. Gosto muito dos outros livros dele, inclusive acho "Anjos e Demônios" espetacular. Mas já faz um tempo que as histórias dele não me pegam, para ser mais exata desde "Inferno". Mas o meu interesse pelo o que ele escreve foi enterrado de vez com "Origem".

"Origem" mais uma vez tem o esqueleto formado pela receita usual de Dan Brown, temos aqui uma revelação que irá mudar os rumos da história, um mistério envolvendo o responsável por essa revelação, Robert Lagdon e sua memória fotográfica, uma companheira maravilhosa que ajuda na busca por respostas, um perseguidor, muita arte e claro, uma crítica religiosa. Porém desta vez a receita não funcionou e o livro acabou solado. E isso acontece porque na verdade a base foi a mesma, mas o autor mudou algumas medidas nos ingredientes e isso prejudicou na fluidez do livro, transformando aspectos interessantes como descrições e informações sobre arte, tecnologia e cultura em algo maçante e cansativo. E cansativo é a melhor palavra para descrever esse livro.

Além das descrições terem se tornado chata ao invés de interessantes, temos também um Robert Lagdon apenas como um mero acessório, pra interligar esse livro com os demais do Dan Brown. O professor está perdido na história, em que nada tem haver com ele, com suas artes modernas e abstratas ou a tecnologia avançada, ele fica apenas como telespectador e quem é o grande "detetive" da história é Winston, o secretário de Edmond Kirsh. Lagdon se torna um espectador, não se parecendo em nada com o incrível professor que ajudou a descobrir a família de Cristo, ou que evitou que um papa errado fosse escolhido, ele se tornou ultrapassado, tal qual as antigas religiões e simbolismo que ele estuda.

Outra coisa que me incomodou foi que as histórias paralelas as do mistério de Edmond Kirsh não se conectavam e mesmo com a conclusão da história o autor não conseguiu amarrar todas juntas, pra mim ficou tudo solto, como se fizessem parte de livros diferentes. Fora que nenhuma história me interessou, a história da família real da Espanha é chata e teve um final muito sem sentido, o próprio Almirante Ávila não é tão interessante como os outros perseguidores da história de Brown e Ambra Vidal pra mim não passa de uma acompanhante medíocre.

O livro tinha tudo para ser interessante, com sua promessa de revelar de onde viemos e para onde vamos, mas as explicações da teoria de Edmond eram chatas e para mim só pareciam uma forma de criticar a religião. Mas aí no final o autor deixa pistas de que não é bem assim, que a religião não é esse monstro (que ele afirma em diversos livros dele), ficou parecendo uma tentativa de se desculpar das críticas ferrenhas que o autor fez anteriormente.

Concluindo, Dan Brown errou porque não fez nada de novo, mas errou também quando resolveu inovar demais. Na verdade, "Origem" é um livro com uma sucessão de erros, que não envolve ou encanta, pelo contrário, decepciona aos fãs de Dan Brown. No meu caso, me decepcionou tanto, que estou seriamente inclinada a não ler mais nenhum livro do autor, que vem decaindo livro após livro, o que é uma pena, afinal, seus primeiros livros eram um deleite para os fãs de literatura policial.


Até o próximo post!


Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana