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Resenha: O Morro dos Ventos Uivantes

4.10.19

Sinopse: "Essa é uma história de amor e obsessão. E de crueza, devastação e purgação. No centro dos acontecimentos estão a irascível voluntariosa Catherine Earnshaw e seu irmão adotivo Heathcliff. Rude nos afetos e modos, humilhado e rejeitado, ele aprende a odiar, mas com Catherine desenvolve uma relação de paixão e simbiose, e também perversidade. Nada destruirá a essência desse laço, porém, quando ela se casa com outro homem, por convenções sociais, as consequências são irreparáveis para todos em volta. Caro leitor, você está prestes a adentrar o inferno. Mas não hesite: a viagem valerá cada segundo. Com um olhar agudo e sensível, Emily Brontë fez de O Morro dos Ventos Uivantes um estudo da degradação humana provocada pelas armadilhas do destino e um retrato comovente. Acompanhando a excelente tradução, essa edição traz apresentação, cronologia de obras e vida da autora, mais de 90 notas e ainda dois textos de Charlotte Brontë, escritos para a reedição do livro organizada por ela após a morte da irmã."

“O Morro dos Ventos Uivantes” foi o único romance publicado pela Emily Brontë e mesmo assim o livro consegue ser brilhante. Um romance triste e muito sombrio, que fala principalmente sobre obsessão e vingança.

Os personagens principais da história são Heathcliff e Catherine Earnshaw, que se conhecem ainda crianças, quando o Earnshaw pai leva o jovem para viver em O Morro dos Ventos Uivantes, a casa deles. Os dois logo se encantam um pelo outro, porém Heathcliff não é bem aceito pelo irmão de Cathy e passa a sofrer nas mãos do jovem. Entretanto, essa não é uma história sobre esse tipo de sofrimento, porque Heathcliff desde sempre quer se vingar daqueles que lhe fazem mal.

Os personagens do romance não são exemplos de bondade, pelo contrário, a autora criou pessoas amargas, cheias de vontades, muitas vezes cruéis e orgulhosas. E mesmo assim é impossível não se envolver com todos eles e em alguns momentos até mesmo empatia por tudo aquilo pelo que passam.
O romance entre Cathy e Heathcliff não é lindo como a Bella de Crepúsculo nos fez imaginar, pelo contrário, é preciso pegar esse livro para ler ciente de que é um amor doentio e obsessivo entre os dois, que os destruiu e a todos a sua volta. E os dois também não são pessoas muito boas, ela é voluntariosa e mimada e ele vingativo e frio.

O livro vai narrar vários anos na história na propriedade e Morros dos Ventos Uivantes, e ao mesmo tempo em que vemos a degradação de cada um, a casa também vai se acabando como se fosse a alma sombria de cada um.

Emily Brontë além de criar uma história com romance, vinganças e muito sofrimento ainda dá um toque sobrenatural a história, que faz com que tudo fique ainda mais sombrio.
Essa não foi a minha primeira leitura dessa história, e da primeira vez foi muito bom, mas dessa segunda foi ainda melhor, eu absorvi toda história por completo e me delicie com todas as reviravoltas criadas pela autora e devorei o livro em alguns dias. Com certeza um dos melhores romances que já li na minha vida e mais do que recomendado.

Até o próximo post!

Resenha: A Abadia de Northanger

18.3.19

Sinopse: "Escrito quando Jane Austen era muito jovem e publicado postumamente em 1818, 'A Abadia de Northanger' é uma comédia satírica que aborda questões humanas de maneira, tendo como pano de fundo a cidade de Bath. O enredo gira em torno de Catherine Morland, que deixa a traquila e por vezes tediosa vida na zona rural da Inglaterra para passar uma temporada na agitada e sofisticada Bath do final do século XVIII. Catherine é uma jovem ingênua, cheia de energia e leitora voraz dos romances góticos. O livro faz uma espécie de paródia a esses romances, especialmente os escritos por Ann Radcliffe."

"A Abadia de Northanger" era o único romance da Jane Austen que eu ainda não tinha lido, mas mesmo sendo o último da fila, esse livro ganhou um cantinho especial no meu coração, porque ele é simplesmente incrível.

O livro já em seu primeiro parágrafo é bem diferente dos demais livros da autora, aqui ela rompe a quarta parede e dialoga com seu leitor. Nessa conversa ela vai apresentar sua heroína, Catherine, que não tem nada de mais, que vive no interior e um dia vai passar uma temporada em Bath, onde diversas coisas acontecem na vida dela. 

Catherine é uma leitora voraz e seu gênero literário favorito são os romances góticos, e Jane Austen vai utilizar disso para fazer uma paródia dessas histórias. A protagonista acredita que vai viver os mistérios de seus livros na vida real, mas na verdade essa paixão pode lhe trazer problemas.

O livro é divertido, mas não deixa de ser um romance, a mocinha é cobiçada por dois rapazes, completamente diferentes um do outro. James gosta de contar vantagem, fala demais, é egoísta e muitas vezes inconveniente, enquanto Henry, é um jovem atencioso, divertido e cavalheiro. E esse "triângulo" amoroso também pode trazer problemas a Catherine.

Adorei "A Abadia de Northanger" que tem ainda um quê de Jane Austen, mas é um livro bem diferente, divertido, ácido e encantador. Com certeza vai entrar para o hall de melhores leituras do ano.

Até o próximo post!
Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana