Resenha: Mulherzinhas

22.1.20
Sinopse: "Talvez você não tenha ouvido falar de Louisa May Alcott, mas deve ter ouvido a respeito de Jane Austen. Pode ser que não tenha visto o filme “Adoráveis mulheres” de 1994, estrelando Winona Ryder, mas talvez tenha visto “Lady Bird” de 2017, dirigido por Greta Gerwig. Ao longo das páginas de Mulherzinhas, o leitor entenderá o que une essas obras: fortes personagens femininas que marcaram e continuam a marcar gerações. Acompanhe as aventuras, dores, desilusões amorosas, perdas e aprendizados das irmãs March e descubra o que torna esse livro um dos mais queridos e relevantes da literatura mundial."

"Mulherzinhas" é um clássico da literatura, escrito por Louisa May Alcott, depois que a mesma recebeu uma encomenda para escrever um livro para meninas, em 1868, com dicas de bom comportamento. Mas a autora, que era uma mulher à frente de seu tempo, criou mais do que isso, ela fez uma história sobre mulheres incríveis, cada uma a sua maneira, e acima de tudo um livro sobre família e amor.

Em 2019 surgiram diversas edições desse livro, isso graças ao lançamento da mais recente adaptação para o cinema, pipocaram na internet resenhas sobre esse livro e o que eu mais ouvi era que a história era melosa demais e um pouca lenta. Mas apesar dessas críticas eu quis dar uma chance para o livro de Louisa May Alcott. Eu como grande fã de histórias como Pollyanna e Anne de Green Gables, não me incomodei com a doçura presente na história das quatro irmãs March, pelo contrário, me deliciei e não consegui tirar o sorriso do rosto enquanto lia sobre aquelas garotas.

O livro acompanha a vida das irmãs March, Meg, Jo, Beth e Amy, cada uma com uma personalidade, apesar de serem criadas na mesma casa. Meg é a jovem romântica, que sonha em se casar e ter um lar, Jo é um acontecimento, gosta de escrever, se divertir e não quer se casar nunca, Beth é doce, encantadora e muita tímida e Amy é artística e sonha com a grandeza. Vamos acompanhar essas jovens desde a adolescência até a idade adulta (leia, até a idade de se casarem). Além de focar na família March o livro também vai narrar as aventuras de Laurie, o vizinho e melhor amigo das garotas.

"Mulherzinhas" é sim um livro que vai falar sobre bom comportamento, sobre aceitar o que você tem, ser humilde, amorosa, amiga e trabalhadora, uma mulher boazinha e encantadora, mas a autora consegue ao mesmo tempo que leva as jovens para o bom caminho, mostrar que uma jovem pode ser boa e ter sonhos e ambições. A autora usa muito da jovem Jo (que dizem ser ela mesma na história) para mostrar que as mulheres podem sim querer serem famosas, inteligentes, independentes e que não há problema algum em desejar isso, mas que também pode-se desejar ter uma casa, marido e filhos, que todos os sonhos são maravilhosos. Há quem diga que esse livro é feminista, mas não chega a tando, apesar de que Louisa May Alcott fez uma belo trabalho, com as limitações de sua época.

Li "Mulherzinhas" na edição da Martin Claret (que está lindíssima e eu mais que recomendo), que traz os dois livros escritos por Loisa May Alcott, Mulherzinhas e Boas Esposas (que foi encomendado depois do sucesso do primeiro). É possível ver que ela queria que pelo menos uma das personagens seguisse os seus passos e não se casasse, mas pela pressão da sociedade ela teve que dar outro final para essa personagem em Boas Esposas (que eu até gostei).

As personagens de "Mulherzinhas" me conquistaram e apesar de em alguns momentos me incomodar com a maneira de pensar e agir de algumas, com o desenrolar da história a autora fez com que elas amadurecessem e eu me rendi a todas elas. 

Durante a leitura desse livro eu ri, chorei, esbravejei, me apaixonei e torci por todos, terminei a leitura com o coração aquecido e ansiosa para conferir a adaptação para o cinema. Se você passar por cima de toda docilidade e se render a trajetória das irmãs March, entenderá o porquê desse livro ser considerado um clássico. 

Até o próximo post!

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