Resenha: O ódio que você semeia

3.12.18
Sinopse: "Starr aprendeu com os pais, ainda muito nova, como uma pessoa negra deve se comportar na frente de um policial.
Não faça movimentos bruscos.
Deixe sempre as mãos à mostra.
Só fale quando te perguntarem algo. 
Seja obediente.
Quando ela e seu amigo, Khalil, são parados por uma viatura, tudo o que Starr espera é que Khalil também conheça essas regras. Um movimento errado, uma suposição e os tiros disparam. De repente o amigo de infância da garota está no chão, coberto de sangue. Morto.
Em luto, indignada com a injustiça tão explícita que presenciou e vivendo em duas realidades tão distintas (durante o dia, estuda numa escola cara, com colegas brancos e muito ricos - no fim da aula, volta para seu bairro, periférico e negro, um gueto dominado pelas gangues e oprimido pela polícia), Starr precisa descobrir a sua voz. Precisa decidir o que fazer com o triste poder que recebeu ao ser a única testemunha de um crime que pode ter um desfecho tão injusto como seu início.
Acima de tudo Starr precisa fazer a coisa certa."

"O ódio que você semeia" foi lançado em 2017 e de lá pra cá vem ganhando muitos elogios por aí. Mesmo assim eu ainda demorei mais de um ano para ler este livro e que arrependimento, porque esse livro é maravilhoso.

O livro vai contar a história de Starr mora no "gueto", mas que estuda em uma escola no subúrbio onde ela é a única garota negra. Uma noite ela e seu amigo Khalil são abordados pela polícia e ele acaba morrendo. Depois daquela noite a vida de Starr muda totalmente e apenas fingir ser igual aos colegas de classe e não se envolver com os problemas do bairro já não são o bastante.

A escrita da Angie Thomas é maravilhosa o livro te dá vários tapas na cara, mas ao mesmo tempo consegue ser divertido e em outros momentos muito emocionante. Li a história com um misto de sensações que envolviam revolta, tristeza e em alguns momentos dei várias risadas.

A autora fala abertamente sobre o racismo e a violência da polícia contra os negros nos EUA, porém ela não fica presa ao esterótipo, claro, que temos o branco que se faz de vítima e diz que não é racista, mas que no fundo é muito racista ou o branco que acha que todo negro é bandido ou a polícia que quer acabar com os negros. Ela também cria personagens brancos muito interessantes como o Chris e policiais que estão fazendo o seu trabalho como o Tio Carlos.

"O ódio que você semeia" é aquele YA que deveria ser obrigatório nas escolas, para as crianças saberem lidar com o preconceito e aprenderem que é preciso usar a voz quando se presencia algum ataque ou comentário preconceituoso. Um livrão que eu espero que ainda faça muito sucesso.

Até o próximo post!

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