Resenha: O pacto

30.4.13

Sinopse: "Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida. Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade: Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro. Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor de cabeça infernal e chifres crescendo em suas têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais inconfessáveis. Um médico, o padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune a Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora. Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim. "

Quando era adolescente sempre gostava de ler livros de terror, mas tem muitos anos que não lia nada parecido. Resolvi ler "O pacto" porque fiquei sabendo que ele teria uma adaptação cinematográfica com Daniel Radcliffe. Fiquei esperando algo bem diferente  do que verdadeiramente era o livro, isso porque não quis ficar lendo resenhas nem nada, queria ter uma leitura livre de spoilers. E posso afirmar que foi uma ótima ideia, a leitura foi muito agradável e Joe Hill escreve muito bem, também não é para menos ele nada mais é que filho de Stephen King, já dizia o ditado: "Filho de peixe, peixinho é!".

Gostei muito da estória do livro, ela não é assustadora por Ig está tornando-se o Diabo, mas sim por revelar os segredos obscuros dos personagens, ninguém escapa da influência dos chifres. O autor não poupa ninguém, todos personagens tem desejos e mentiras sórdidas, ninguém passa de um mero pecador, a não ser nosso protagonista: Ignatus Perrish, que é tão bom que chega a ser idiota, todos o passam pra trás. Falando em personagens, tenho que elogiar o quanto o autor consegue criar personas tão cruéis, fiquei até um pouco incomodada, com o quanto eles eram podres.

A escrita de Joe Hill é muito boa, ele escreve de maneira simples e consegue envolver o leitor. Gostei também da maneira como ele divide o livro em partes, que ganham títulos.

Não achei o livro se encaixa no estilo terror, acho que ele está mais para um suspense macabro, e um dos bons. Sem contar que toda a construção do enredo te leva para um final totalmente inesperado, e acho que isso é o ponto forte de "O pacto" (detesto essa versão do título, nada a ver com a original: Horns). Indico a todo mundo esse livro: aos fãs e suspense e os que querem fugir das modinhas atuais.


Boa Leitura!
Até o próximo post!



Resenha: A Corrida de Escorpião

25.4.13
Eu sempre tive a ambição de um dia escrever livros de fantasias, depois que conheci Maggie Stiefvater eu rezo todos os dias para ter só um pouquinho do dom dela, e que assim possa escrever livros tão maravilhosos como "Calafrio" e "A corrida de Escorpião".


Sinopse: "A cada novembro, os cavalos d'água emergem do oceano e galopam na areia sob os penhascos de Thisby. E, a cada novembro, os homens capturam esses cavalos para uma corrida eletrizante e mortal. Alguns cavaleiros sobrevivem. Outros, não. Aos 19 anos, Sean Kendrick já foi quatro vezes campeão. Ele é um jovem de poucas palavras e, se tem medos, guarda-os bem escondidos, onde ninguém possa vê-los. Puck Connolly é uma novata nas Corridas de Escorpião. Ela nunca quis participar da competição, mas o destino não lhe deu muita escolha. Sean e Puck vão competir neste ano, e ambos têm mais a ganhar - ou a perder - do que jamais pensaram. Mas apenas um deles pode vencer."

Na resenha que eu fiz sobre "Calafrio" elogiei a maneira com que Stiefvater sabe escreveu um romance sem clichês, e em "A corrida de escorpião" ela  repete feito, criando uma estória de amor que não se fecha só na relação entre homem e mulher, ela retratou o amor pela família, o amor pelo o lugar onde vive e o companheirismo entre ser humano e animal. Tudo isso junto construiu uma estória tão particular, que tenho certeza de que ninguém irá repetir esse feito.

A escrita de Maggie Stiefvater é tão perfeita, porque ela te envolve de tal maneira que em alguns momentos parecia que eu também estava cercada pela maresia de Thisby. Tem uma cena em que Sean e Puck cavalgam, que é tão maravilhosamente descrita que também me senti galopando pelos penhascos em cima de um capall uisce. 

A autora consegue a proeza de escrever fantasia com toque de realidade, seus personagens parecem reais, com características tão humanas que é difícil acreditar que aquilo não se passa de imaginação. As relações entre personagens são tão bem construídas, que é fácil para o leitor compreender o porque de tudo que acontece no final. Falando sobre personagens, preciso dizer que o amor de Sean Kendrick e Puck Conolly é tão bonito, sem ser meloso ou forçado, eu me peguei sorrido a cada momento que os dois com seu jeito torto de demonstrar interesse se viam encantados um pelo outro.

Os cavalos na estória tem um papel importantíssimo, a paixão que os personagens sentem por eles nos envolve e nos faz querer ter um cavalo para compartilhar de todas as emoções vividas pelos personagens de "A Corrida de Escorpião". Eu meio que sentir que a enredo do livro também segue a linha de galopar: começa leve, e aos poucos vai nos envolvendo de tal maneira que em certo momento só existe o leitor e o livro, nós nos perdemos nessa leitura, vivenciando cada palavra.

Preciso comentar, que além de ser uma escritora sensacional, Maggie ainda faz booktrailers maravilhosos, eu já era encantada pelos os de "Lobos de Mercy Falls", mas o de "A corrida" é tão encantador e mágico quanto o livro, que eu me apaixonei.



Se você é fã de livros de fantasia corra para a livraria mais próxima e compre esse livro, eu tenho certeza de que você não irá se arrepender. Maggie Stiefvater, pra mim só perde para J.K. Rowling (que já é caso antigo).

Boa Leitura!
Até o próximo post!

Resenha: The Tiger's Curse: O Destino do Tigre

23.4.13
Finalmente o quarto livro da série "A maldição do Tigre" foi lançado, e eu como sempre fiquei desesperada para lê-lo então comprei na pré-venda e quando ele chegou o devorei em pouco tempo.



Sinopse: "Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e , finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas."

Como os outros livros da série "O destino do tigre" também foi dividido em partes, esse temos a estória em três tempos: resgate de Kelsey, busca do quarto e último presente de Durga, e a batalha final. 

Na primeira parte vemos Kelsey tentando envolver Lokesh em uma rede de mentiras, para salvar seus tigres e a si mesma, preciso dizer que achei ridículo o vilão se interessar por ela, eu queria entender o porque de Collen Houck fazer com que todo ser vivo da face da Terra seja encantado por essa garota, é uma chatice isso! Como os outros livros temos na primeira parte muitas explicações mitológicas e as relações amorosas do triangulo Ren, Kelsey, Kishan, e nessa temática a nossa mocinha continua sendo uma idiota que prefere ficar com um cara que não é o amor da sua vida do que se arriscar com o homem que verdadeiramente ama (morra Kelsey!). Como eu também já imaginava temos a primeira perda de personagem, que me entristeceu bastante (calma, não vou contar quem é), mas que achei que foi válido para a construção da estória.

As últimas tarefas para quebrar a maldição achei que  foi mais corrida e mais fácil do que as outras três, mas não menos incrível, destaque para a Fênix que deu uma bela de uma lição na chatonilda da Kelsey. 

E finalmente chegamos na batalha final, eu fiquei um pouco confusa com essa estória de volta no tempo, mas até que aceitei bem a ideia da autora. Tenho que ressaltar que gostei muito do comportamento do Ren durante esse tempo, pagou na mesma moeda, deixando a toda convencida Kelsey bem desnorteada. Os preparativos da batalha foram bem descritivos, mas a batalha em si eu achei que faltou alguma coisa, gosto muito de cenas de batalhas, e Houck ainda não é tão boa nesse quesito.

O momento de quebrar a maldição e todos encontrarem seu destino, foi um pouco previsível, eu já imaginava que o último sacrifício seria aquele, mas não desgostei. Achei que foi um fechamento ideal, por mim a série podia ser finalizada no quarto livro, mas... ainda temos mais um livro: "O sonho do tigre", e esse nome tem me perturbado bastante, tenho muito medo de que a autora destrua a estória dizendo que tudo não passou de um sonho. Vamos rezar para que isso não aconteça e para que o final de "A maldição do tigre" seja tão perfeito quanto o seu começo.

Como todos sabem sou muito empolgada com essa série, e esse encantamento ainda não passou, indico que todos que gostam de romance e aventura a leiam, porque tenho certeza de que não vão se arrepender. E a penúltima parte é tão sensacional quanto os outros três livros.

Boa Leitura!
Até o próximo post!

Filme: Anna Karenina

16.4.13
Gosto muito de filmes de época, principalmente quando os mesmos são adaptações de livros, então quando fiquei sabendo do lançamento do filme Anna Karenina, inspirado na obra de Tolstói, fiquei animadíssima. O que me fez desejar ainda mais assistir o filme  foi saber que Joe Whrite e Keira Knightley estariam juntos novamente, para quem não sabe já realizaram tal parceria em dois filmes que eu, particularmente, adoro: "Orgulho e Preconceito" e "Desejo e Reparação". Então vocês podem imaginar o quanto as minhas expectativas eram altas.



Sinopse: "Século XIX. Anna Karenina (Keira Knightley) é casada com Alexei Karenin (Jude Law), um rico funcionário do governo. Ao viajar para consolar a cunhada, que vive uma crise no casamento devido à infidelidade do marido, ela conhece o conde Vronsky (Aaron Johnson), que passa a cortejá-la. Apesar da atração que sente, Anna o repele e decide voltar para sua cidade. Entretanto, Vronsky a encontra na estação do trem, onde confessa seu amor. Anna resolve se separar de Karenin, só que o marido se recusa a lhe conceder o divórcio e ainda a impede de ver o filho deles."



Antes de falar sobre o filme si, preciso comentar o quanto esse trailer é maravilhoso. Eu sou viciada em assistir trailers e na maioria das vezes acabo me encantado pela trilha sonora deles, e isso é um dos grandes motivos que me fazem querer assistir o filme, com o trailer de Anna Karenina foi exatamente isso que aconteceu, me encantei pela música e pela maneira com que as cenas foram montadas então o filme já ganhou pontos comigo.

Quem for assistir Anna Karenina tem que ir esperando algo diferente, porque o filme é bem diferente, o diretor recriou a estória na tela como se tudo estivesse sendo realizando em um palco, os movimentos são todos coreografados e o cenário monta e desmonta perante nossos olhos. Achei esses recursos deram mais dramaticidade a estória, que já é um drama por si só. O filme começa com as cortinas se abrindo e as primeiras cenas já são tão delicadas e ritmadas, que parecia que estamos assistindo a um musical, em que os atores não cantam.


A escolha do elenco para esse adaptação de Anna Karenina foi maravilhosa, temos Keira Knightley em uma personificação de Anna Karenina perfeita, Jude Law incrível como Karenin, Matthew McFadyen (meu incrível Mr. Darcy) irreconhecível, e Aaron Taylor Johnson surpreendendo como o Conde Vrosky.

O figurino de Anna Karenina também estava impecável, não é atoa que eles receberam o Oscar por ele, cada detalhe muito bem pensado. Mas o que mais me intrigou foi as cores, no começo do filme temos uma Anna sempre de roupas escuras, contrastando com todos os outros que sempre estavam de tons pastéis, mas logo depois de se envolver com Vrosky ela começa a usar muito branco, tenho certeza que isso foi uma maneira de mostrar a mudança que ocorreu com a personagem.





Gostei muita da estória (ainda não li o livro de Tolstói, mas pretendo ler), mas o relacionamento de Anna e Vrosky me incomodava um pouco, não acredito que os dois se amassem de verdade, mas que tinham uma obsessão um pelo outro. Vrosky também era um pouco egoísta, e só pensava em si mesmo, deixando com que Anna enfrentasse a ira da sociedade puritana da época. 

Preciso ressaltar que a cena de sexo de Vrosky e Anna foi uma das mais bonitas que já vi no cinema, tudo muito coreografado, como se os dois estivessem dançando, de uma delicadeza e bom gosto que poucos diretores foram capazes de criar. 



Em contraste com o amor carnal e pecador de Anna e Vrosky, temos o amor puro de Kitty e Levin, que são responsáveis pelas cenas ao ar livre, quem vem como uma válvula de escape da complexidade e teatralismo dos outros personagens. Mas os dois são arrastados para margem do filme e tem pouca expressão, sendo mais meros coadjuvantes. 


Karenin tinha tudo para ser um vilão, mas ele está mais para um pobre coitado que se curva aos desejos da sociedade e de sua mulher infiel. Sua bondade e sua mania de sempre perdoar o torna bobo que só gera pena a quem assiste ao filme.


Anna Karenina é maravilhoso, um filme para ser devorado com os olhos, mas não é a melhor parceria de Whrigth e Knightley. Mas se você gosta de um bom filme de época, sem dúvidas vai ficar encantado por essa nova adaptação da obra de Leo Tolstói.


Tenha um bom filme!
Até o próximo post!







Resenha: O Teorema de Katherine

4.4.13
No meu post sobre lançamentos literários para 2013, eu comentei que estava muito anciosa pelo lançamento do novo livro do John Green: Teorema de Katherine. Disse que tinha grandes espectativas a respeito desse novo livro, já que me decepcionei bastante com "Quem é você Alaska?" (nunca vou me cansar de repetir que me decepcionei.), mas dessa vez a leitura foi bem diferente (GRAÇASADEUS!).



Sinopse: "Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera."

O livro começa um pouco depressivo, já que Colin, está na fossa (na verdade ele tende a ser depressivo em grande parte do livro), mas isso não é problema, porque temos Hassan para trazer alegria para seu melhor amigo. Já no começo eu me simpatizei profundamente com Colin e Hanssan, os dois seriam o tipo de pessoa que eu ia querer ser amiga, todos os diálogos dos dois eu me pegava rindo para o livro igual uma boba.

Os personagens de John sempre são uma explosão de personalidade e realismo, e nesse livro não é diferente, consigo me identificar com a maneira depressiva de Colin, o jeito de sempre querer ser importante, ou o jeito engraçado de Hanssan que é sempre sincero, mas principalmente me identifiquei com Lindsey Lee Wells a garota que sofria bulling e que tudo o que mais quer e agradar as pessoas e ser amada. Todos juntos são engraçados, mas o que mais me encantou neles foi o quanto são profundos.

Esse livro é bem diferente dos outros do John Green, não temos tragédia (ainda bem, achei que ele ia acabar se transformando em um Nicolas Sparks), mas a lição está lá ainda, mas como eu adoro estórias com morais posso dizer que gostei bastante. O autor continua escrevendo maginificamente bem, e a leitura fica mais gostosa ainda com suas notas de rodapé, em alguns momentos parecia que o John Green estava lendo o livro junto comigo.

O "Teorema de Katherine" é leve, engraçado e muito bom, não me encantou como "A culpa é das estrelas", mas posso dizer que criei um grande carinho por ele. Com toda certeza sempre terei tempo de ler os livros do Sr. Green, porque ele sabe muito bem como contar estórias.

Boa Leitura!
Até o próximo post!
Agora que sou crítica - Design e Desenvolvilmento por Lariz Santana