Resenha: Os Homens que Não Amavam as Mulheres (Millennium)

28.11.18
Sinopse: "O jornalista Mikael Blomkvist acaba de ser condenado e sentenciado a três meses de prisão por difamar um poderoso financista. Recebe então uma proposta intrigante: o grande industrial Henrik Vanger quer contratá-lo para escrever a biografia de sua conturbada família. Mas, sobretuto, Vanger quer que Mikael investigue o sumiço de sua sobrinha Harriet, desaparecida sem deixar vestígios há quase quarenta anos. Henrik também se dispõe a salvar a 'Millennium', revista capitaneada por Mikael, e que se encontra em risco de falência. De início contrariado, o jornalista acaba aceitando a tarefa.
Harriet desapareceu quando sua família se reunia para um encontro em uma ilha. Inteligente e sensível, a moça era a favorita de Henrik. Suspeitos não faltam, pois, se todas as famílias tem esqueletos no armário, o clã Vanger parece dispor de um cemitério inteiro. Em sua busca febril, Mikael recebe a ajuda de uma jovem e genial hacker, Lisbeth Salander, cuja magreza anoréxica só é comparável à fúria silenciosa que nutre contra a sociedade. Mas, como Mikael logo compreende, se alguém esconde um segredo torpe, é certo que Lisbeth irá descobri-lo. E, de fato, pouco a pouco, o jornalista e sua improvável parceira desvendam um verdadeiro circo de horrores.
'Os homens que não amavam as mulheres' não é apenas um do mais comentados romances policiais dos últimos anos, tendo tomado de assalto a lista dos mais vendidos dos países onde foi publicado. É uma obra de dimensões oceânicas, que se desdobra pelos mais diversos aspectos da vida moderna - os crimes de colarinho branco, a responsabilidade do jornalismo econômico com a ciranda financeira, o fenômeno da internet e da invasão de privacidade, o ódio contra as minorias. Por isso, além de seduzir com seu intrincado mistério, fornece ainda uma reflexão ética sobre a sociedade atual, sobre os segredos de cada um e a responsabilidade de todos."

"Os homens que não amavam as mulheres" é o primeiro livro da trilogia Millennium, escrita por Stieg Larsson. A princípio a história seria uma série de 10 livros, mas o autor morreu logo após terminar o terceiro livro, transformando Millennium em uma trilogia.

O livro tem várias histórias dentro de suas 522 páginas. Ele se inicia abordando duas histórias diferentes, a do jornalista Mikael Blomkvist, que está sendo condenado por uma matéria em que denunciava um grande empresário e Lisbeth Salander uma jovem hacker que vive sob a tutela do estado e está tendo problemas com seu mais novo tutor. Depois essas duas narrativas abrem espaço para uma terceira a história da família Vanger, composta de pessoas horríveis e que tem um mistério, o sumiço de Harriet uma jovem que desapareceu aos 17 anos. Por fim retomamos a história do grande empresário corrupto e a história é fechada, largando algumas pontas para sua continuação.

Os dois personagens principais da história são Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander, tão diferentes, mas ao mesmo tempo tão parecidos, os dois lutam por justiça e tem um ótimo faro para desvendar mistérios. Juntos essa dupla é invencível. Mas claro, que o grande destaque do livro é Lisbeth, a jovem com uma tatuagem de dragão é cheia de mistérios, não é revelado porque vive sob tutela ou porque ela se tornou uma pessoa tão fechada. Ela é uma grande heroína com capacidades impressionantes e um senso de justiça muito forte, na verdade ela gosta de executá-la com as próprias mãos.

Para algumas pessoas o livro pode ter um início lento, para que entendamos de onde veio os dois protagonistas até se encontrarem, além de termos uma variedade de discussões sobre economia, burocracias e informações sobre a extrema direita na suécia. Eu acho tudo isso fascinante, gosto de aprender com todas as minhas leituras e esse livro é um prato cheio. 

Como o título mesmo diz "Os homens que não amavam as mulheres", a história gira em torno da violência contra mulher e os homens odiosos que fazem isso. Para quem tem gatilhos com estupros, eu não recomendo, apesar do autor não descrever muitas cenas, mas há a insinuação.

A escrita de Stieg Larsson flui muito bem e ele sabe criar um mistério como ninguém, você não consegue parar de ler até descobrir o que aconteceu com Harriet Vanger e logo em seguida quer saber mais sobre Lisbeth. É instigante e muito bem construída a narrativa, um prato cheio para os fãs  de romances policiais.

Apesar deste ser o primeiro de uma trilogia, eu achei que o livro é muito bem fechadinho e dá perfeitamente para se ler apenas este primeiro, porém desafio você a não desejar se entregar a leitura do volume seguinte. Um livro que na minha opinião é perfeito.

Até o próximo post!

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