Resenha: O Exorcismo

4.6.18
Sinopse: "Se a ficção consegue ser tão assustadora, imagine o poder contido na história real? Muitos não sabem, mas a obra-prima de W. Peter Blatty, O Exorcista, não se trata de uma invenção. Ela foi inspirada num fenômeno ainda mais sombrio, desses que a ciência não consegue explicar: um exorcismo de verdade.

A história real aconteceu em 1949, e você pode conhecê-la — se tiver coragem! — no livro EXORCISMO, do jornalista Thomas B. Allen, lançamento da DarkSide Books em 2016. Exorcismo narra em detalhes os fatos que aconteceram com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos que gostava de brincar com sua tábua ouija, presente que ganhou de uma tia que achava ser possível se comunicar com os mortos.
Thomas B. Allen contou com uma santa contribuição para a pesquisa do seu trabalho. Ele teve acesso ao diário de um padre jesuíta que auxiliou o exorcista Bowdern. Como resultado, seu livro é considerado o mais completo relato de um exorcismo pela Igreja Católica desde a Idade Média. Os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren definiram a obra de Thomas B. Allen como “um documento fascinante e imparcial sobre a lluta diária entre o bem e o mal”."

Sou uma das milhares de pessoas que cresceu com medo de "O Exorcista", mas que ainda brincava com jogos como o do copo ou do compasso para tentar se comunicar com espíritos. Demorei muito tempo para ler o livro do William Peter Blatty, preciso confessar que por muito medo, mas quando finalmente dei a chance me deparei com um livro espetacular que se tornou um dos meus favoritos. Então chegou a vez de saber a história real por trás da história de Regan, afinal, "O Exorcista" foi inspirado em um exorcismo real de um garoto no final da década de 40. E é sobre isso que se trata "O Exorcismo" de Thomas B. Allen.

Esse livro vai ser um relato sobre o caso de possessão de Robie Mannheim, um garoto de 14 anos que após a morte de uma tia passa a conviver com ataques e eventos sobrenaturais. O livro foi escrito com base no diário do padre responsável pelo exorcismo do garoto e claro, com a pesquisa do autor de depoimentos de pessoas que presenciaram os fatos. O autor não cria nada além das informações que lhe foram passadas, o que podemos confirmar quando lemos o diário do padre, que também consta neste livro. Thomas B. Allen não dá sua opinião sobre os fatos ou romantiza tudo o que aconteceu ele narra o que lhe foi contado e ao não ser em suas notas e prefácios ele não demonstra acreditar o desacreditar que Robbie foi possuído.

Mesmo sendo um livro baseado em uma história real (o que pra mim, geralmente, causa mais impacto), "O Exorcismo" não me causou medo, mas estranhamento e até mesmo um cansaço. Os longos dias e dias que o garoto e sua família ficaram submetidos ao exorcismo são cansativos e aterrorizantes. Até mesmo para os padres tudo aquilo era muito desgastante e parecia não ter fim. Mesmo sendo uma longa repetição de orações e ataques, o livro não é cansativo, pelo contrário, fluí muito bem e não fica apegado a detalhes repetidos ou coisas do tipo. A única coisa que me deu um pouco de preguiça foi o diário estar no livro, porque a sensação que tive foi que estava relendo a história escrita de outra maneira, acredito que seja dispensável.

Ao fim da leitura, a sensação que tive foi parecida com a da leitura de "O Exorcista", inconclusivo, afinal aquele relato não prova a existência do demônio ou que ele tenha possuído aquele garoto, fica a dúvida se aquilo não era alguma doença ou distúrbio mental pelo que a criança passava. O que não transforma esse livro em algo ruim, pelo contrário, pra mim isso transforma a obra incrível, porque te deixa a chance de escolher o que acreditar. 


Até o próximo post!

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