Resenha: A menina que brincava com fogo

2.4.19
Sinopse: "Não há inocentes. Apenas diferentes graus de responsabilidade, raciocina Lisbeth Salander, protagonista de A menina que brincava com fogo, de Stieg Larsson. O autor - um jornalista sueco especializado em desmascarar organizações de extrema direita em seu país - morreu sem presenciar o sucesso de sua premiada saga policial, que, somente na Europa, já vendeu mais de 6,5 milhões de exemplares. Nada é o que parece ser nas histórias de Larsson. A própria Lisbeth parece uma garota frágil, mas é uma mulher determinada, ardilosa, perita tanto nas artimanhas da ciberpirataria quanto nas táticas do pugilismo, que sabe atacar com precisão quando se vê acuada. Mikael Blomkvist pode parecer apenas um jornalista em busca de um furo, mas no fundo é um investigador obstinado em desenterrar os crimes obscuros da sociedade sueca, sejam os cometidos por repórteres sensacionalistas, sejam os praticados por magistrados corruptos ou ainda aqueles perpetrados por lobos em pele de cordeiro. Um destes, o tutor de Lisbeth, foi morto a tiros. Na mesma noite, contudo, dois cordeiros também foram assassinados: um jornalista e uma criminologista que estavam prestes a denunciar uma rede de tráfico de mulheres. A arma usada nos crimes - um Colt 45 Magnum - não só foi a mesma como nela foram encontradas as impressões digitais de Lisbeth. Procurada por triplo homicídio, a moça desaparece. Mikael sabe que ela apenas está esperando o momento certo para provar que não é culpada e fazer justiça - a seu modo. Mas ele também sabe que precisa encontrá-la o mais rapidamente possível, pois mesmo uma jovem tão talentosa pode deparar-se com inimigos muito mais formidáveis - e que, se a polícia ou os bandidos a acharem primeiro, o resultado pode ser funesto, para ambos os lados. A menina que brincava com fogo segue as regras clássicas dos melhores thrillers, aplicando-as a elementos contemporâneos, como as novas tecnologias e os ícones da cultura pop. O resultado é um romance ao mesmo tempo movimentado e sangrento, intrigante e impossível de ser deixado de lado"

Todo mundo já adorou o primeiro livro de uma série ou trilogia e quando pegou a continuação para ler ficou decepcionado porque não era tão incrível quanto o anterior,  a maldição do segundo livro,é recorrente, mas não foi o caso de "A menina que brincava com fogo", que apesar de ser a sequência de um livro maravilhoso, conseguiu ser ainda melhor.

O livro se passa algum tempo depois dos acontecimentos de "Os homens que não amavam as mulheres", Lisbeth está viajando pelo mundo e Mikael está preparando um novo volume da Millennium. Porém a história se incendeia com o assassinato de um casal de amigos do jornalista, em que a principal suspeita do crime é a hacker da tatuagem de dragão. O crime traz a tona o passado de Lisbeth e uma organização criminosa.

Desde o primeiro capítulo já me senti totalmente envolvida com a história, queria saber onde ia dar toda aquela confusão e descobrir um pouco mais sobre o passado de Lisbeth Salander. O autor pega as pontas soltas do livro anterior e vi tecendo uma história, nenhum detalhe é deixado para trás, tudo que ele escreve vai ser usado em algum momento. 

Lisbeth está ainda mais incrível nesta história, agora ela está mais madura e até mesmo consegue se envolver mais com as pessoas, mas apesar disso ela continua letal, inteligente e com uma moral impecável, porém utilizando dos seus meios de fazer justiça.

Apesar de achar Lisbeth a estrela do livro, não posso me esquecer de Mikael Blomkvist, que é sempre genial, o típico jornalista que me fez querer seguir a profissão.

Se o primeiro livro temos alguns homens que não amavam as mulheres, neste segundo a história é impregnada de machistas, estupradores, abusadores, torturadores e agressores de mulheres. Stieg Larsson não poupa na hora de criar esse tipo de personagem masculino e é impossível não se sentir repugnada com  todos os comentários pejorativos feito a mulheres ou as agressões contra elas. Como contraponto, todas as personagem femininas são fortes, inteligente, independentes e bem sucedidas em suas carreiras.

Os 20% finais do livro são de tirar o fôlego, cheios de embates e ação, terminando de maneira espetacular, que me fez querer ler o próximo logo. Terminei o livro com a certeza que esse livro é o melhor da trilogia e que vai ser difícil o terceiro conseguir ser tão maravilhoso, mas espero que ele me surpreenda tanto quanto esse.

Até o próximo post!

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