Resenha: O Temor do Sábio

14.5.18
Sinopse: "Quando é aconselhado a abandonar seus estudos na Universidade por um período, por causa de sua rivalidade com um membro da nobreza local, Kvothe é obrigado a tentar a vida em outras paragens.
Em busca de um patrocinador para sua música, viaja mais de mil quilômetros até Vintas. Lá, é rapidamente envolvido na política da corte. Enquanto tenta cair nas graças de um nobre poderoso, Kvothe usa sua habilidade de arcanista para impedir que ele seja envenenado e lidera um grupo de mercenários pela floresta, a fim de combater um bando de ladrões perigosos.
Ao longo do caminho, tem um encontro fantástico com Feluriana, uma criatura encantada à qual nenhum homem jamais pôde resistir ou sobreviver – até agora. Kvothe também conhece um guerreiro ademriano que o leva a sua terra, um lugar de costumes muito diferentes, onde vai aprender a lutar como poucos.
Enquanto persiste em sua busca de respostas sobre o Chandriano, o grupo de criaturas demoníacas responsável pela morte de seus pais, Kvothe percebe como a vida pode ser difícil quando um homem se torna uma lenda de seu próprio tempo."

"O Temor do Sábio" é o segundo livro da trilogia "A Crônica do Matador do Rei", e se passa no dia seguinte em que Kvothe começou a contar sua história ao cronista. Nesse livro o jovem de cabelos vermelhos acaba tendo que se afastar da Universidade por um tempo e sua imagem de herói começa a alcançar mais que os terrenos em volta de onde ele vive. Com sua genialidade Kvothe passa por diversas aventuras e assim começa a amadurecer para se tornar o homem que agora finge ser apenas um hospedeiro.

Esse livro é gigantesco, chegando a ter quase mil páginas, e muita coisa acontece na história. Temos detalhes dos estudos do Kvothe na Universidade, depois sua viagem para conquistar um mecenas, a missão de acabar com ladrões que atacam as estradas, a passagem pelo mundo dos encantados, o treinamento e por fim sua volta para "casa". Ou seja, mesmo sendo um livro gigantesco, ele não é arrastado, pelo contrário ele é cheio de reviravoltas. Porém acho que se o autor tivesse dividido em mais livros a história seria ainda mais fluída.

A escrita do Patrick Rothfuss é muito deliciosa, dos típicos escritores de fantasia, que conseguem te envolver tanto em seu universo que você se vê dentro daquela história. Adorei a maneira como ele foi desenvolvendo os personagens, principalmente Kvothe, que amadurece muito neste segundo livro, se tornando ainda mais encantador. Mas além do protagonista da história temos outras figuras muito interessantes, como o Bast, que me desperta muita curiosidade. 

Claro que o livro não apenas mil maravilhas, eu pelo menos me irritava bastante com os interlúdios, em que voltamos ao presente. Eu queria saber o que iria acontecer na narração de Kvothe e tinha que parar pra vê eles conversarem sobre trivialidades e comer.  Mas entendo que isso é um recurso pra dar um respiro na história.

O Encontro com a Feluriana

Mas por falar em interlúdios, preciso criar um neste momento pra falar sobre o meu momento preferido do livro, o encontro de Kvothe com a Feluriana. Meu Deus, o que foi aquilo, o autor conseguiu fazer com que a aura de magia escapasse das páginas do livro e ao mesmo tempo criou um clima muito erótico. Mostrou que fantasia pode sim sr adulta, quando bem feita. Espetacular. 

Sem mais delongas, voltando ao assunto, "O Temor do Sábio" é ainda melhor que "O Nome do Vento" e eu me tornei mais uma fã enlouquecida que precisa do terceiro livro, para poder entender o que acontece depois daquele final, e o porque de Kvothe estar tão desiludido com a vida. Livrão! Não por seu um calhamaço, mas por ser um livro bem construído e maravilhoso.

Até o próximo post!

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