Resenha: Iaiá Garcia

11.6.20
“Iaiá Garcia” é o último livro da fase romântica do Machado de Assis e foi publicado em 1878 em formato folhetinesco no jornal O Cruzeiro. A história é a seguinte, Jorge, filho de Valéria, é apaixonado por Estela, protegida de sua mãe, que também nutre uma paixão por ele, mas o rechaça. Após uma trama de Valéria os dois acabam separados e Estela se casa com Luís Garcia, pai de Iaiá, que anos depois fica noiva de Jorge. 

O livro é bem curto, tem por volta de 150 páginas e a leitura é bem fluída. A história tem poucos personagens e se aprofunda mesmo no triângulo amoroso, Estela, Jorge e Iaiá. A trama é cheia de reviravoltas e faz com que fiquemos curiosos com como aquele imbróglio termina. Porém, não é um dos melhores livros do autor, dessa fase ainda prefiro “Ressurreição“ .

Apesar de a história não ser apenas sobre Iaiá Garcia, o livro recebeu sei nome, o que acho justo, afinal, a jovem é de longe a personagem mais interessante da história. Iaiá é inteligente e cheia de personalidade, ela não esconde o que pensa e faz de tudo pela família. Ela tem Grace devoção pelo pai e um carinho enorme pela madrastra e muitas vezes se sacrifica pela felicidade dos dois. E da metade para o fim ela domina toda história, então por isso acho que o autor dá sei nome como título da obra.

Mesmo o livro sendo da fase romântica, Machado já dava indícios de sua veia realística, não é apenas uma história de amor, vai além. Daquelas histórias em que você não termina com o coração aquecido, mas com um sabor amargo na boca, com a impressão de que apesar de tudo, não foi um final feliz.

Até o próximo post!

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