Resenha: Como Água para Chocolate

5.8.19

Sinopse: “É na cozinha que Tita, a protagonista, passa a maior parte do tempo. Sua vida está relacionada aos pratos que afetuosamente prepara. Este romance narra a história de Tita desde o seu nascimento em um rancho no norte do México, com destaque para sua juventude, o amor por Pedro, e a missão de cuidar da dominadora Mãe Elena. O tempero combina a revolução mexicana no início do século XX com o realismo fantástico marcante na literatura latino-americana. Uma obra para ser apreciada em todos os sentidos.”

“Como Água para Chocolate” se inicia com uma receita e o primeiro momento da história já é na cozinha, a culinária é o pano de fundo dessa história de amor, que se tornou proibida por uma tradição cruel da família de Tita. Porém, se o casal não poderia ficar junto, seu amor seria transmitido pelos pratos feitos por Tita, a jovem que nasceu na mesa da cozinha, quando a mãe picava cebolas.

Como protagonista da história, Tita, essa mulher maravilhosa, que consegue ser muito boa, mas não tem sangue de barata, tem momentos em que ela se revolta com tudo aquilo que lhe é imposto e em vários momentos a sua indignação sai em forma de maldição, e coitado daquele que for alvo dela.

O livro de realismo mágico dá sabor a história de amor com pitadas de fantástico, o bebê que chora dentro do ventre, os sentimentos que são passados para a comida e as aparições de fantasmas. Um prato cheio para os fãs do gênero, mas também para quem gosta de um bom romance. Afinal, o amor é o grande protagonista da história.

O romance tem uma delicadeza deliciosa, mas ao mesmo tempo um erotismo que permeia por toda história, a todo momento a atração entre Tita e Pedro está presente e mesmo que os dois não se toquem, aquele calor irradia dos seus encontros.

Além de todo o drama que envolve a história de amor proibido, o livro de Laura Esquivel é divertidíssimo, quase impossível não rir de alguns momentos na história, como no episódio do bolo de casamento ou até mesmo das codornas com pétalas de rosa.

O livro tem apenas um pequeno defeito, por ser curto, em alguns momentos a história não tem espaço para se desenvolver melhor, em um momento por exemplo, fiquei sem entender como tudo aconteceu e tive que retornar algumas páginas, para concluir que na verdade o caminho para aquele fim não foi muito bem explicado. Um pequeno incômodo em uma leitura que quase perfeita.

A adaptação cinematográfica de 1992 foi meu primeiro contato com a história de “Como Água para Chocolate” e eu já me vi encantada com toda aquela fantasia, com o livro não foi diferente, devorei suas 200 e poucas páginas, me refastelando nessa leitura saborosa e terminei satisfeita, mas querendo que o livro durasse um pouco mais.

Até o próximo post!

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