Uma linda capa e uma temática interessante, "Mil Pedaços de Você" da Claudia Gray tem tudo isso, mas faltou alguma coisa para que a estória de Marguerite, Paul e Theo fosse incrível.
Sinopse: "Marguerite Caine cresceu cercada por teorias científicas revolucionárias graças aos pais, dois físicos brilhantes. Mas nada chega aos pés da mais recente invenção de sua mãe — um aparelho chamado Firebird, que permite que as pessoas alcancem dimensões paralelas.
Quando o pai de Marguerite é assassinado, todas as evidências apontam para a mesma pessoa: Paul, o brilhante e enigmático pupilo dos professores. Antes de ser preso, ele escapa para outra realidade, fechando o ciclo do que parece ser o crime perfeito. Paul, no entanto, não considerou um fator fundamental: Marguerite. A filha do renomado cientista Henry Caine não sabe se é capaz de matar, mas, para vingar a morte de seu pai, está disposta a descobrir.
Com a ajuda de outro estudante de física, a garota persegue o suspeito por várias dimensões. Em cada novo mundo, Marguerite encontra outra versão de Paul e, a cada novo encontro, suas certezas sobre a culpa dele diminuem. Será que as mesmas dúvidas entre eles estão destinadas a surgirem, de novo e de novo, em todas as vidas dos dois?
Em meio a tantas existências drasticamente diferentes — uma grã-duquesa na Rússia czarista, uma órfã baladeira numa Londres futurista, uma refugiada em uma estação no meio do oceano —, Marguerite se questiona: entre todas as infinitas possibilidades do universo, o amor pode ser aquilo que perdura?"
Sou apaixonada por estórias de viagem no tempo e de dimensões paralelas, quando vi "Mil Pedaços de Você" na hora tive certeza de que aquele era o meu livro. Me encantei pela capa maravilhosa e logo comprei o meu. Mas imagine a minha decepção quando durante a leitura percebi que o livro não era grande coisa.
A temática do livro é incrível essa ideia de viajar por dimensões com realidades paralelas, em que em cada lugar tem uma versão sua que vive de uma maneira diferente. A premissa é interessante, porém a autora não tem uma escrita caprichada. Toda ficção científica é mal explicada, as personagens são apresentadas superficialmente, o desenrolar é muito acelerado e o fim é só um encerramento ruim para prolongar a estória para um próximo livro.
Fiquei tão chateada, porque conseguia enxergar pontos fortes em toda estória, como por exemplo o relacionamento da Grã-duquesa Marguerite com Markov. A autora levou as personagens principais para a Rússia, criou um relacionamento proibido, mas não quis escrever mais algumas páginas e aprofundar nos sentimentos e na ligação entre Paul e Marguerite. Não, ela fez um triângulo amoroso, insignificante, que nem se parece com um, para dar a chance da pobre mocinha se sentir dividida.
Um livro meia boca que nas mãos de uma Cassandra Clare ou Maggie Stiefvater seria pura magia. Faltou capricho, brilho e encantamento, mas ainda dá tempo de melhorar na continuação.
Até o próximo post!
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