Esse foi meu primeiro livro de um escritor russo e apesar dos vários alertas de que os russos são complexos demais, eu não achei a leitura difícil. Mas mesmo não sendo difícil, a leitura é mais lenta, isso porque Dostoiévski constrói uma trama cheia de personagens e histórias, que aos poucos vão se interligando.
O livro mostra muito da situação da população pobre da Rússia, de como era difícil sobreviver. Vários tipos de famílias são apresentadas na história e entramos em contato com os piores tipos de seres humanos, em sua grande maioria homens que utilizam da pobreza para ter vantagens com as mulheres ou homens que exploram mulheres.
E se os personagens masculinos são odiosos, por outro lado, as mulheres da história são incríveis, muita forte que se sacrificam por aqueles que amam. Em Crime e Castigo o sacrifício das mulheres em presente em duas personagens, que contrapõe o protagonista da história, Raskólnikov.
Raskólnikov se tem em agora conta, se acha superior às outras pessoas, e acredita que o crime que cometeu foi uma grande ação que livrou as pessoas de conviverem com um se odioso que é a figura da usurária. E apesar de fisicamente sentir o remorso pelo crime, ele afirma que não se arrepende e acredita que todos devam ser gratos a ele. E agora dos pesares ele é uma pessoa que é solidária as outras e que às vezes abre mão de tudo que tem para ajudar os outros.
“Crime e Castigo” é um livro fantástico, que além de falar de questões como culpa, arrependimento e sacrifício, tem uma investigação policial estilo Death Note, cheia de jogos psicológicos e embates de palavras. Vale a pena enfrentar o preconceito com os russos e conhecer essa história.
Até o próximo post!
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