Resenha: À Espera de um Milagre

29.8.16
"À Espera de um Milagre" é daqueles livros que todo mundo pensa que conhece, simplesmente, por ter assistido ao filme de 99. Claro, que a adaptação da obra de Stephen King foi primorosa, mas a estória de John Coffey é ainda mais maravilhosa quando lemos.


Sinopse: Uma trama de mistério e terror, ambientada nos anos 30, em plena Depressão americana, num cenário de desespero e sufoco: a Penitenciária de Cold Mountain. Stephen King foi buscar no lado mais sombrio de sua imaginação a história assombrosa de John Coffey, condenado à morte, e seu encontro fatal com o carcereiro Paul Edgecombe. Nas telas, o diretor Frank Darabont recria a história magistral de King, com Tom Hanks interpretando o guarda Edgecombe.

Esse foi meu primeiro livro do Stephen King, que sempre foi descrito pra mim como um escritor muito detalhista e com uma escrita arrastada, porém, não consegui identificar o escritor dessa imagem que criaram pra mim. Minha leitura de seu livro foi muito prazerosa e nada arrastada, devorei todas as páginas e me deliciei com toda a estória.

O livro vai ser narrado por Paul Edgecombe alguns anos depois que ele conheceu John Coffey no corredor da morte em uma penitenciária de Cold Mountain. Paul não segue uma narrativa retilínea, ele vai e volta na estória em diversos momentos. Claro que esse recurso é utilizado para mostrar o como as ideias estão bagunçadas na cabeça do velho guarda que conheceu um homem com o poder de realizar milagres.

Mesmo tendo um narrador que vai e volta diversas vezes nos fatos, o livro não é repetitivo ou cansativo, é como se estivéssemos escutando alguém nos contando uma estória. A maneira com que Stephen King resolveu contar o que aconteceu na prisão de Cold Mountain, nos faz vivenciar todos aqueles acontecimentos, como se estivéssemos lá junto com os guardas do corredor verde, vendo o enorme John Coffey ser preso.

Adorei a maneira como o autor criou as personagens do livro, gosto quando conseguimos enxergar profundidade e as camadas que os envolve. Gosto da maneira como ele criou Delacroix, um homem que estuprou e matou, mas que se encanta com um rato correndo atrás de um carretel. Também gosto como ele mostra  covardia de Percy Wetmore, por traz de toda pompa. Do senso de justiça de Paul Edgecombe. Sério, um livro repleto de personagens bem construídas.

O livro vai tocar em vários pontos delicados como o racismo, a pena de morte, a maldade do ser humano, a culpa, a fé, o nepotismo. Em diversos momentos Stephen King vai afirmar que John foi condenado apenas por ser negro e que a pena de morte não é a solução.

Adorei o livro e já quero ler outros livros do Stephen King. Terminei o livro com vontade de assistir o filme, que é extremamente fiel a estória criada pelo autor.

Até o próximo post

Um comentário:

  1. Eu nunca li nada do Stephen, acho que por ser tão conhecido e bem falado eu tenho medo de ler e não gostar, não sei explicar. Mas pretendo encarar em breve alguma livro dele.

    Beijo,
    https://portaoazul.blogspot.com.br/

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