Resenha: Eu, você e a garota que vai morrer

27.7.15
A expectativa é uma merda mesmo, porque quando você pega um livro para ler acreditando que ele será incrível e ele simplesmente não é bem isso, você fica frustrado e muitas vezes tem vontade de jogar o livro pela janela. Foi isso que eu senti lendo "Eu, você e a garota que vai morrer".


Sinopse: "Livro que deu origem ao filme vencedor do Festival Sundance 2015, nas categorias Público e Crítica, com estreia marcada para 12 de junho nos EUA, Eu, você e a garota que vai morrer é uma mistura perfeita entre drama e humor e um retrato preciso da adolescência em face do amadurecimento. Na trama, Greg tem apenas um amigo, Earl, com quem passa o tempo livre jogando videogame e (re)criando versões bastante pessoais de clássicos do cinema, até a sua mãe decidir que ele deve se aproximar de Raquel, colega de turma que sofre de leucemia. Contrariando todas as expectativas, os três se tornam amigos e vivem experiências ao mesmo tempo tocantes e hilárias, narradas com incrível talento e sensibilidade. Crossover com enorme potencial no segmento young adult, o romance é perfeito para fãs de livros e filmes como A culpa é das estrelas e As vantagens de ser invisível."

"Eu, você e a garota que vai morrer" não é um livro sobre câncer, nem sobre amor, nem sobre crescimento e nem até mesmo sobre amizade (eu acho). Na verdade já tem umas duas semanas que eu terminei o livro e até agora não consegui entender sobre o que é a estória. Mas acredito que na verdade o autor queria falar sobre crescimento e amizade, mas acho que ele falhou miseravelmente. Isso porque a sua personagem principal é babaca e como Greg é o narrador isso se torna um grande problema.

O livro é uma tentativa de Greg contar sua estória com Rachel, uma colega que está com leucemia e vai morrer (isso não é um spoiler, está na capa do livro), porém ele não é um escritor, então o livro é um monte de informações aleatórias escritas em forma de roteiro de filme. Como eu já disse o menino é um babaca, então ele nunca vai ser sensível ou falar de uma maneira profunda sobre a doença da Rachel, pelo contrário, ele fica o livro inteiro reclamando sobre isso e  dizendo que por causa da leucemia ele é obrigado a socializar com a garota. Além disso o garoto é um adolescente que gosta de fazer piadas idiotas e por isso os diálogos são rasos.

O livro não é ruim, preciso dizer que em vários momentos eu ri de algumas partes, porque eu gosto de piadas idiotas e humor negro. Mas mesmo assim eu não conseguia me ver envolvida pela estória, na verdade porque não sentia empatia por nenhuma personagem. Greg é apenas um adolescente idiota, Earl é um amigo com problemas familiares graves, mas que é muito louco e Rachel não foi aprofundada o bastante. Mas dos três eu acredito que ela era a melhor, a garota gostava mesmo dos dois meninos e viu neles algo que eu mesma não vi.

Claro que é visível, que aos poucos, Greg vai mudando e sua obrigação passa a ser algo mais, mas a maneira como tudo é escrito, de forma seca e às vezes um pouco sem sentido, o livro não consegue passar a mensagem de que você precisa de amigos para poder crescer.

"Eu, você e a garota que vai morrer" é vendido como um livro semelhante a "A Culpa é das Estrelas" e "As Vantagens de Ser Invisível", mas não consegue alcançar o patamar desses outros dois YA,  na verdade ele é uma tentativa falha de falar sobre assuntos já falados em vários outros livros para o público jovem, de maneira inovadora. Mas a tentativa acabou sendo uma grande chatice sem sentido.


O livro virou um filme, que está sedo muito elogiado lá fora, eu já assisti o trailer e acho que os produtores fizeram um bom trabalho e a estória ficou melhor. Às vezes termos um caso de filme melhor que o livro.


Até o próximo post!

Um comentário:

  1. Aaah, estou louca pra ler esse livro já faz tempo! Foi bom ler sua resenha pra ver se minhas expectativas caem um pouco! Beijos, Jú
    docurailusoria.blogspot.com

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