Resenha: Dragões de Éter: Círculos de Chuva

25.11.13

Sinopse: "Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Hoje, Arzallum, o Maior dos Reinos, tem um novo Rei e vive a esperada Era Nova. Coisas estranhas, entretanto, nunca param de acontecer... Dois irmãos sobreviventes a uma ligação com antigos laços de magia negra descobrem que laços dessa natureza não se rompem tão facilmente e cobram partes da alma como preço. Uma sociedade secreta renascida com um exército de órfãos resolve seguir em frente em um plano com tudo para dar errado em busca do maior tesouro já enterrado, sem saber o quanto isso pode mudar a humanidade. O último príncipe de Arzallum viaja para um casamento forçado em uma terra que ele nem mesmo sabe se é possível existir, disposto a realizar um feito que ele não sabe se é possível realizar. Uma adolescente desperta em iniciações espirituais descobre-se uma mediadora com forças além do imaginário. E um menino de cinco anos escala uma maldita árvore que o leva aos Reinos Superiores, ferindo tratados políticos, e dando início à Primeira Guerra Mundial de Nova Ether." 

Depois de várias páginas chega o fim da estória de Nova Éter, e não diferente dos outros livros da trilogia, Círculos de Chuva, é maravilhoso. Pode parecer exagero descrevê-lo como MARAVILHOSO, mas menos que isso seria uma ofensa a escrita do nosso querido bardo Raphael Draccon.

Depois de tantas pontas soltas e novos caminhos abertos é chegada a hora de as personagens de Draccon encontrarem seu destino final. Já falei nas resenhas anteriores que as personagens dessa trilogia são muito bem construídas, e nesse capítulo final podemos ver que as mesmas  cresceram e amadureceram durante o enredo. Eu particularmente, acho que escritores que conseguem desenvolver bem seus personagens tem um dom, porque não é uma questão de mudar a personalidade, mas mostrar evolução, e na estória de Raphael isso é visível.

Ainda no quesito personagens, preciso dizer que meu querido João Hanson conseguiu uma das melhores estórias de Dragões de Éter. Já havia dito na resenha de "Corações de Neve", que esperava um futuro primoroso para ele nessa última parte, e como se atendesse meus anseios o autor fez exatamente isso. É impossível não torcer pelo jovem escudeiro e querer que ele conquiste todos seus sonhos. Para mim ele é o grande destaque da estória e o melhor morador de Nova Éter. Já os outros gostei de seus desenrolares, porém preciso criticar a conclusão do fim do relacionamento de Maria e Axel, para dois jovens que se amaram tanto a dor de cotovelo sarou muito rápido.

A narração da Rapahel é muito deliciosa, e ele sabe descrever cenas de ação muito bem, então era de se esperar que a batalha final do livro fosse incrível. Eu sou fã de batalhas, as melhores que já li foram a de "Senhor dos Anéis" e "Harry Potter", e posso afirmar que nosso escritor de fantasia brasileiro conseguiu se juntar aos mestre Tolkin e J.K nesse quesito. Fora que a sensação de desespero e dúvida que esses momentos geraram foi genial, era como se eu fizesse parte daquele cenário.

Os novo contos de fadas inseridos nessa terceira parte tiveram releituras maravilhosas, fiquei fascinada com a maneira que estórias tão conhecidas conseguiram ainda sim serem surpreendentes. Menção honrosa ao nosso elfo Peter Pan e ao conto do patinho feio, eles ficaram tão mais impactantes, que só lendo para você entender.

Essa resenha está muito apaixonada eu sei, por isso vamos a parte negativa do livro (sim, infelizmente), gostei do desfecho de Dragões de Éter, mesmo o livro sendo grosso ele é bem fluído e gostoso de ler, porém fiquei um pouco decepcionada com o final, já que ficou algumas pontas soltas, como se ainda estivesse faltando estórias a contar. Gosto de séries, mas tenho muito receio de estórias que são muito rendidas, então para mim esse foi o problema deste encerramento. (depois fiquei sabendo que Draccon disse que escreverá uma continuação, que se passará 5 anos depois. Aiaiai). Espero que essa trilogia épica não seja estragada por uma continuação desnecessária.

Se você ainda não leu "Dragões do Éter" e gosta de fantasia, leia os livros de Draccon imediatamente. No começo ficava lendo críticas muito negativas sobre a narrativa, porém dei uma chance e me encantei pelo mundo criado pelo autor. Então indico que você leia e tire suas próprias conclusões, talvez se envolva como eu.

Boa Leitura!
Até o próximo post!




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